UM APELO À CONSCIÊNCIA
A escrita é uma das formas de expressão de que mais gosto. Qualquer texto que se preze, é capaz de formar opinião.
Mas meu artigo de estreia, antes de ser formador de opinião é um convite à reflexão.
Escrevo porque gosto. Uso as palavras para retratar situações cotidianas, expressando minha forma de ver o mundo e o ser humano.
Atualmente tem sido difícil conviver em sociedade. Não quero aqui dizer que não somos capazes de tal feito. Ao contrário, fomos criados justamente para isso. Afinal, que seria de nós sem a convivência, que nos leva ao aprendizado, errando e acertando no caminho que trilhamos juntos? A convivência é a chave, tanto para o progresso individual quanto para o coletivo.
No entanto, os instrumentos que a tecnologia nos oferece hoje, ao invés de aproximar, tem afastado mais e mais as pessoas. A velocidade espantosa com que circulam as informações, o advento dos modernos sites de relacinamento, as igualmente modernas formas de conexão com a grande rede, as constantes mudanças no mercado de trabalho, enfim, tudo isso de certa forma, nos amendronta. O medo de perder qualquer oportunidade de melhorar nossa condição de vida nos faz permanecer em constante estado de alerta, e sem perceber, perdemos o valioso contato com nossa família, amigos, deixamos de olhar a vida como um todo (entenda- se plantas, animais e as várias formas de vida que nos cercam) e passamos a olhar para nós, única e exclusivamente.
Se reflexionarmos um tanto mais, perceberemos que temos tido medo até de nossa própria sombra.
O esforço em busca do progresso é louvável e até necessário, já que a vida é movimento e necessitamos do trabalho, a fim de garantir o quinhão que mantém aquecido o seio familiar. A vida no entanto, nos pede que algumas vezes, deixemos de lado a seriedade exacerbada exigida pelo mundo e passemos a sorrir mais, brincar, nos divertir. A vida clama diversas vezes, que olhemos para dentro de nós, nos conheçamos.
Quando o homem conhece a si mesmo é capaz de enfrentar- se sem ferir- se, porque torna-se capaz de compreender suas falhas para então corrigi- las. Conhecendo- nos, tornamo- nos capazes de, na mesma proporção, enaltecermos as qualidaes que nos são próprias.
Somos capacitados suficientemente para conviver em socidade. O outro pode ser nosso espelho e nosso maior exemplo.
A vida está longe de ser restrita à correria do mundo. O tempo deve ser usado com sabedoria. A consciência deve ser consultada sempre. É ela que nos mostrará a todo momento nossos deslizes, no estressante caminho que a ganância do mundo nos obriga a seguir.
Apelemos portanto, à nossa grande amiga, a consciência.