Parlamento do Pica Pau - Maia , a Ninfa
Maia, a Ninfa
Caros Deputados,
Chegou o Mês de Maio e com ele a primavera. Para além de uma considerável melhoria do tempos, por este reino, faço chegar-vos a lenda da Ninfa Maia.
Maia era uma Ninfa que abrigava seus amores com Zeus em uma caverna. Ela seria a mãe de Hermes. Na tradição romana talvez seja uma outra Maia, diferente dessa ninfa da Arcádia, a que personificava o despertar da natureza na primavera e que viria a se transformar na mentora de Mercúrio. Maia é considerada a deusa da fecundidade, a projeção da energia vital.
Da relação de Maia com Zeus, veio ao mundo, o precoce Hermes, que fugiu do berço assim que sua mãe adormeceu. O jovem tinha um plano, uma provocação, em mente. Assim, saiu, pela primeira vez, da caverna onde nascera, na Arcádia e andou até Tessália. O seu objectivo era o rebanho real, que àquela hora da madrugada, era pastoreado por Apolo.
Apolo, Deus da música estava entregue a outras actividades e havia deixado de lado seu trabalho quando seu jovem chegou. Hermes roubou 50 cabeças de gado e conduziu-as cuidadosamente de volta a sua terra natal, tomando todas as precauções para não ser descoberto e, além de tudo, amparado pelo facto de que ninguém poderia desconfiar de um recém-nascido como ele.
A tarefa parecia-lhe muito divertida até que se deparou com o pastor Bato. Desconfiado de que o velho arruinaria a sua brincadeira, subornou-o, oferecendo-lhe um bezerro. Mesmo assim não se convenceu de que estava seguro. Então, com a desculpa de guardar as vacas antes de trazer o prémio, foi até uma caverna e transformou-se num pastor, indo até o homem e oferecendo um novo suborno caso este soubesse do paradeiro das vacas. Vendo-se delatado, pois Bato não o reconhecera, transformou-o em pedra. Mas isto não impediu que fosse descoberto por Apolo, que levou Hermes à presença de Zeus e exigiu a devolução do rebanho.
Zeus ordenou a Hermes que confessasse o roubo e devolvesse os animais. Os dois irmãos teriam entrado numa disputa férrea através dos tempos se Apolo não tivesse visto um instrumento sem igual inventado pelo irmão, que começara a tocá-lo displicentemente. Era a lira, feita do casco de uma tartaruga que emitia um som maravilhoso.
Apolo pensou em negociar as vacas roubadas, trocando-as pelo instrumento. Hermes achou pouco para tal maravilha. Foi-lhe então oferecida uma varinha mágica que transformava o que tocasse em ouro.
Apolo ganhou a lira e Hermes o caduceu, que se tornaria um de seus símbolos. Os dois irmãos se reconciliaram para sempre e tornaram-se inseparáveis. Mas mesmo perdoando o irmão, Apolo, lhe deu o nome de rei dos ladrões, que o acompanhou por toda a história.
Esta história de Hermes, faz-me lembrar os negócios pouco claros, e as armações de alta roda, que de vez em quando se passam aqui pelo Reino. Nunca imaginei que Hermes tivesse tanta descendência!
Fonte:
http://www.areliquia.com.br
www.ceismael.com.br
Carimbado e Assinado,
Quadrado da Hipotenusa
15/05/2008