'A PRINCIPAL QUALIDADE DO ESTILO É A CLAREZA" (Aristóteles)
"A principal qualidade do estilo é a clareza”.(Aristóteles)
Que coragem de escolher Aristóteles como vítima. Resolvi rever os filósofos, lançando-lhes um olhar carinhoso. Não farei análise para tentar provar que Aristóteles foi ou deixou de ser claro no que escreveu. Foi claro e objetivo.
Por que recortei a máxima aristotélica? Porque observo que muitos apostam na obscuridade do estilo. Alguém poderá ler esta página e, ao mesmo tempo, fiscalizar a minha habilidade em alcançar a clareza. Fique à vontade. Escrevo para você.
Se pensarmos na diversidade de tipos de texto, concluiremos que nem sempre é possível ou conveniente ser claro. Não seríamos irônicos, surrealistas, intimistas, sarcásticos, velados...
Uma máxima não é a verdade absoluta, todas as moedas têm duas faces e a insinuação é um componente de estilo. Podemos ser sub-reptícios e nos colocarmos intencionalmente ao longe da clareza
Em textos como aqueles em que Aristóteles se tornou insuperável _ os que tratam das ciências, das análises dos exames, da pesquisa _ é obrigação ser claro, exercitar a objetividade, o critério, a fidelidade.
“Enxugar o texto” é uma das expressões mais felizes em meio a tantas que vingam, mas não convencem. Entretanto, nada leve ao pé da letra, pois de acordo com o dito popular, “o cão tanto endireitou a mãe que botou a perder”. Estou enxugando. Consigo ser clara?
Buscando-se a perfeição que reúne clareza e objetividade em um texto, corre-se o risco de sacrificar o sentido e até de perder o estilo. É vital para quem escreve sentir no corpo e na alma o momento de parar.