Capitalismo selvagem no ramo de gêneros alimentícios 
 
            Sabemos que o mercado econômico é uma atividade sem escrúpulo. Não há ética, não há bom censo. O importante para grande maioria do empresariado é aumentar o patrimônio pessoal e comercial. Até parece que, quando o empresário está em sua atividade torna-se um ser completamente estranho aos princípios e valores fundamentais do ser humano.    
            Quanto maior a empresa, maior a ganância pelo lucro, maior a selvageria no intuído de tratar seus concorrentes comerciais, maior a exploração daquele que pode mais em termos de poderio econômico. Maior a falta de ética e de princípios entre os empresários.
            Vemos constantemente no mercado financeiro como ocorrem; boatos e boatos se espalham apenas especulativos para que, com a quebra de uns, outros ganhem, e assim sucessivamente.  No entanto, esta perversidade empresarial é algo que analisado friamente enoja e envergonha quando muitos ainda se julgam espirituais. Enfim, para o empresário o importante é si e os seus.
            Mas, o mais escandaloso desta falta de ética e aproveitamento do poder econômico ocorre na área de gêneros alimentícios. Temos visto acontecer com freqüência, às grandes redes de supermercados aproveitarem-se do poder de compra e de vendas explorando seus fornecedores como também destruírem o comércio varejista de médio e pequeno porte. No caso dos fornecedores exigem preços, prazo e bonificações exageradas para custear suas promoções, enganando o cliente, pois não são eles que os premiam, mas sim seus fornecedores (com algumas exceções onde o fornecedor exige que coloque seu nome).
            Este seguimento vem cometendo um crime grave ao vender espaços, exigindo valores em espécie ou altas bonificações por metragem de gôndolas aos fornecedores. Enfim, as grandes redes de supermercados fazem o jogo da chantagem, isto é, ou fornecedor dá o que pedem, quanto pedem ou retalham seus produtos. Deixando muitas vezes o fornecedor em suas mãos.
            A realidade no ramo de supermercados é que, muitos estão criando associações, visando adquirir preços mais accessíveis, até ai algo normal, no entanto, estão extrapolando e tornando-se mercenários, isto é, destruindo os comércios pequenos e explorando as empresas fornecedoras. De certa maneira está se construindo uma perversa injustiça comercial lesando o consumidor, pois para fornecedores manter sua venda nas grandes redes onera seus preços e diminuem prazos aos pequenos comerciantes, provocando ainda mais uma concorrência desleal. É preciso dizer ainda que, proporcionalmente, as pequenas empresas pagam mais impostos que as grandes.
            As conseqüências já começam serem percebidas; na maioria das cidades pequenas que possuem algum supermercado pertencente à rede ou associação, vários comerciantes estão sendo obrigados a fecharem suas portas devido as perversa e desleal concorrência.
            Um dos agravantes também é que, estes supermercados  além de serem  beneficiados de inúmeros incentivos fiscais oferecido pelos estados e governo federal; destas destas redes de supermercados destruírem, aviltarem seus fornecedores por meio de atos não éticos explorando-os, destruindo os pequenos comércios com preços impraticáveis (baixos) ainda são beneficiados pelo poder públicos por meios de benefícios e incentivos fiscais.
            O governo não deve intrometer de forma obsessiva no segundo setor (empresariado), porém precisa acordar para o que está ocorrendo, aonde o grande capital, como ênfase a área de supermercados, vem praticando de forma lesiva na economia principalmente das pequenas e médias cidades.
            Em suma, o que está ocorrendo no ramo de supermercado e acredito que também em outras atividades comerciais na área de produtos é um crime contra atividade econômica, onde se está concentrando poder nas mãos de poucas empresas e lesando a sociedade. Este é capitalismo selvagem que o estado precisa estar atento