O gigante caiu
O gigante caiu.
Não conseguiu mais suportar o peso absurdo de anos de estúpida ditadura, de descasos com sua grandeza ou mesmo de amadores bem intencionados, mas sem atitude ou um mínimo de organização e competência capazes de mantê-lo de pé.
Há muito que balançava, oscilava como um equilibrista principiante na corda bamba, sempre por um triz, sempre a beira do abismo, sua queda era um mera questão de tempo.
Como diz o ditado , a maior glória não é ficar de pé e sim levantar-se a cada vez que se cai e ele vai se soerguer, mais forte, mais uno, mais coeso, mais transparente.
Renascerá das cinzas como a Fênix, completamente renovado, livre de seus conflitos internos, da sujeira acumulada de anos de obscuridade, do ilícito, do duvidoso, do anti-esportivo, da mesquinhez, da empáfia, das vaidades, do egoísmo.
Esse gigante doente tinha que morrer para dar lugar ao novo, ao inédito, a ligação de coração entre time e torcida, para reviver essa relação de amor que andava esquecida, não há amor sem dor e é nesta que ele faz valer sua magnitude.
Chega de paliativos, de construir em cima de pilares podres, vamos começar do zero, colocar tijolo sobre tijolo, mas em bases sólidas, base de confiança, de verdade, de amor, vamos fazer um Vasco que a torcida merece e precisa, vamos gerar o verdadeiro gigante da colina baseados em sua linda história de conquistas e de pioneirismo, de quebra de preconceitos, de desbravar caminhos como o navegante que lhe deu o nome, Vasco da Gama.
Vamos impulsionar nossa caravela para o topo, por vontade, por fé e não pelos grilhões rumo ao infinito, baseados nessa paixão inexplicável e desinteressada que pulsa em nossos corações.
Vamos recolocar o gigante no pedestal que lhe é de direito, mas sem máscaras e mentiras, sem manipulações ilícitas, vamos vencer com transparência, suor e lágrimas.
Vamos reconquistar o mundo e semear novos e renovados corações vascaínos.
Eu acredito.
Saudações vascaínas
Leonardo Andrade