As Mãos
PALAVRAS DE VIDA
Pr., Th. D., Serafim Isidoro.
A S M Ã O S
Is. 35.1-10 - Lc. 24.36-46.
A ressurreição de Jesus foi o fato mais empolgante na vida dos discípulos, entre todas as muitas experiências que tiveram. Durante os três anos e meio que passaram junto Dele, acompanhando-O em sua missão terrestre, presenciaram, por certo, muitos milagres e muitas maravilhas. Viam paralíticos andarem, cegos enxergarem, leprosos limpados, mortos serem por Ele ressuscitados e a força da natureza dominada pela autoridade do Mestre de Nazaré. Ouviram os Seus ensinos, receberam as Suas ordens, presenciaram a Sua glória no monte da transfiguração. Conheceram a Sua humildade e a Sua mansidão e foram testemunhas de que, realmente, Jesus é o Filho de Deus.
Mas a ressurreição foi o fato culminante e mais maravilhoso. Foi tão importante que os discípulos, de início, duvidaram ser mesmo Jesus aquele personagem que se apresentou entre eles, estando as portas fechadas, e lhes disse: "Paz seja convosco" - (shalon / eirenê). O discípulo Tomé, representando a incredulidade, ao saber a notícia de que Jesus ressuscitara, disse: "Se eu não vir em suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser a minha mão no seu peito, de modo nenhum acreditarei"... Era desejo de tal discípulo ver os sinais dos cravos nas mãos Daquele que os demais diziam ser, de fato, O Senhor ressurreto. Que valor teriam as mãos de Jesus! Sua missão terrestre estava consumada. Jesus era o primogênito dentre os mortos... A vitória dos filhos de Deus - em suas mãos - continuava para tais discípulos e continua para nós, a ter vultosa importância e consideração.
Jesus apareceu no meio deles saudando-os com Sua costumeira paz. Eles porém, surpresos e atemorizados acreditavam estarem vendo um espírito, um fantasma. As portas estavam fechadas e assim mesmo Ele apareceu, dizendo-lhes: "Por que estais perturbados? E por que sobem dúvidas aos vossos corações? Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e verificai, porque um espírito não tem carne e nem ossos como vedes que eu tenho; e dizendo-lhes isto, mostrou-lhes as mãos e os pés." - Aquelas mãos maravilhosas que abençoavam o pão ao parti-lo, que saudavam e dissipavam os temores infundados, que foram impostas sobre os que sofriam, abençoavam as crianças, sim, ali estavam para serem reconhecidas, apesar de estarem, agora, traspassadas, furadas. Essas mãos foram-lhes estendidas como identificação do fato mais significativo do universo... O Cristo ressuscitou!...
Suas mãos foram sempre executoras de Sua bondade, as embaixadoras do Seu coração e eles, os discípulos, poderiam ainda beijá-las e usufruírem das bênçãos que elas distribuem. As mãos falam, gesticulando. É fenômeno inerente ao ser humano expressar-se em movimentos das mãos, acompanhando o raciocínio, apontando ou movimentando-se em gestos largos. As mãos indicam ação; é possível, às vezes, saber-se o que uma pessoa faz, pelas suas mãos. Que grande valor têm as mãos: longas, com dedos afilados; palmas abertas, com traços como um mapa; delicadas, macias ou ásperas; claras, morenas ou negras; grandes ou pequenas; frágeis ou fortes; calejadas ou finas. Com elas pedimos, chamamos, prometemos, ameaçamos, despedimos, suplicamos, repelimos, intimidamos, interrogamos, negamos. Expressamos com elas o gozo ou a desaprovação, a amargura ou a dúvida; indicamos as medidas de espaço e de tempo; de necessidade ou de abundância.
Na diversidade das línguas de todos os povos, as mãos falam a linguagem comum de todos os homens. Onde a palavra não pode ser entendida, os sinais com as mãos se fazem entender. O salmista, em resposta à pergunta: quem haveria de morar na presença de Deus, escreve: "Aquele que é puro de mãos". - Maravilhosa expressão, esta. Só Ele, Jesus, tem mãos puras. Eu e você necessitamos da Sua purificação, da Sua bênção, do Seu perdão, da Sua salvação.
Como estão as tuas mãos? ...
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(O Pr.,Th. D. Honoris Teologia, Serafim Isidoro, oferece seus livros, apostilas e aulas de grego koinê, através do E-mail: serafimprdr@ig.com.br
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