Bulliyng nas escolas – como evitar?

Em nosso cotidiano escolar, diversas são as situações que nos chamam a atenção enquanto educadores também sociais, e que devemos conjunta e harmonicamente buscar soluções rápidas e eficazes para seu combate. O bulliyng é uma situação presente no cotidiano escolar e que adoece nossos alunos, professores e a escola em seu âmbito geral uma vez que é uma doença moralmente infecciosa e transmissiva.

O Bulliyng se caracteriza por situações extremamente danosas à construção da auto-estima, autoconfiança e auto-segurança.

Seus sintomas iniciais têm por característica principal, a eleição de um sujeito – quer aluno, quer professor, quer funcionário – que cruelmente se transforma em alvo de piadas, chacotas, apelidos, humilhações, agressões entre tantos outros abusos que acabam por acometer suas vítimas que, de primeiro momento não conseguem expressar reações que culmine na extinção do problema.

Mas, doentes, não são apenas as vítimas, mas também os autores, que mostram à todo momento sua falta de limites, de compaixão, de amor ao próximo, de humanismo – abusam sem piedade do próximo e contaminam outros com os mesmos traços de personalidade.

Um importante fator nesse processo é por muitos esquecidos: limites começam em casa. Mas como? Se as famílias produzem sintomas às vezes incuráveis em nossas crianças?

Como lidar com esses dois problemas graves e que são estreitamente relacionados?

Precisamos em primeiro passo encantar nossos alunos, mas faremos isso em uma escola cinza, não cooperativa, sem interação, sem participação? Somente com nossas matérias impostas por um currículo previamente estabelecido? Jamais encantaremos nossos alunos ao ponto de eles se acharem e se sentirem atores e autores das aulas se nos limitarmos ao que nos é fornecido e estabelecido. Precisamos mudar a história.

Por que em nossos momentos de aula não podemos pelo menos uma vez no mês assentarmos no chão para contarmos histórias a fim de conhecermos cada um de nossos alunos?

Por que não transformamos aqueles 50 minutos muitas vezes de tédio, em 50 minutos de alegria? Por que ainda temos que chegar a nossa escola com a cara tão cinza quanto aquelas paredes?

É hora de repensarmos tudo isso para que vítimas e autores não se transformem em pessoas doentes, gravemente acometidos pelo ódio que se instala aos poucos e de mansinho corrói a personalidade desses sujeitos.

Quem é autor desse situação, crescerá sem limites, intolerante e se transformará em um profissional que poderá ser autor de assédios morais dentro das empresas onde forem colaboradores, que não pensará duas vezes em usar a cabeça de seu colega de trabalho de escada – adultos sem compaixão e as vítimas por suas vez serão adultos com baixa auto-estima, com o coração amargurado, introspectivos, pouco acessíveis e traumatizados, provavelmente abandonarão as escolas, antes mesmo de concluírem o ensino médio, e se o fizer, o fará sem prazer algum, burlará horários, e fará de tudo para não estar naquele ambiente que causa sofrimento e angústia..

Nossa escola está doente! Enquanto professores, precisamos agir imediatamente transformando já nossas escolas em escolas cheias de cor, nossos alunos em autores e atores de cada cena do ato de suas vidas, cultivando em seus corações as sementes da cooperação, colaboração e do amor ao próximo – essa é a nossa função social enquanto formadores. Precisamos colorir nossas escolas e principalmente os corações de cada pessoas que ali está, tanto para aprender quanto para ensinar.