JUSTIÇA HUMANA X DIVINA
A justiça de Deus anula o efeito negativo da causa por meios cujos efeitos sejam positivos. Por exemplo: Uma ação agressiva jamais será respondida por Deus com outra ação agressiva, pois ambas são negativas e produzem igual efeito. Seria o mesmo que tentar apagar o fogo com combustível.
O caso de Deus responder à ação agressiva com meios não agressivos produz triplo efeito: 1. Reduz a agressão pela metade, visto que a resposta que seria agressiva dobrando a agressão não o foi. 2. Desmobiliza uma contra-reação agressiva do agressor, o que geraria a terceira agressão, triplicando-a, pois toda agressão suscita reação agressiva. 3. Dá início no contraventor um processo de auto-reflexão, levando-o ao remorso e possível arrependimento. Se a resposta a seu arrependimento e desejo de retroceder da prática do mal não for o descrédito, ele entenderá que arrepender-se compensa, triplicando as chances de ele não reincidir.
Esse é o pensamento de Deus, por isto Ele aplicou o efeito da ação contraditória do Homem ao pecar em Si mesmo na cruz, morrendo a morte exterminante que o homem desencadeara em si, a qual os não arrependidos estão a produzir e sentirão seus efeitos no apogeu do caos, mas os arrependidos não terão que sofrer, passando para a vida eterna após a volta de Cristo, mesmo que já tenham morrido a morte individual. Nesse caso, serão revividos e restaurados.
Quanto a justiça dos homens, ela é automática. O homem não consegue ver o efeito daquilo que não pode tocar e julga aos outros por si mesmo. Sendo que não acredita em sua própria regeneração, julga que ninguém pode regenerar-se, por isto sempre tenta anular as ações agressivas com ações agressivas, resultando em que o crescimento da contravenção tem sido progressivo, quase chegando à razão geométrica.
Deus muito tem lutado para tirar isso da mente dos indivíduos e da sociedade, essa justiça de talhão, olho por olho, dente por dente, que os indivíduos e a Justiça aplicam uns aos outros e a si mesmos. Todavia, quanto mais ações agressivas nossa justiça de exploração e cárceres produz, mais a Justiça humana aplica sofrimento aos contraventores, ensinando-lhes que não vale a pena o arrependimento.