SUSTENTABILIDADE & CAPITAL GLOBAL
Nessa crise financeira global o que se leva em consideração é, sobremaneira, o fator positivo em relação ao meio ambiente. O consumo supérfluo diminui demasiadamente. Aqui no Brasil as empresas transnacionais que atuam na extração de recursos minerais colocaram o pé no freio, e passaram a extrair um menor volume das matérias-primas e mantendo-as em suas reservas devido o preço baixo nas ações das bolsas internacionais. O fato, porém, é que, mesmo que dure por algum tempo essa crise, a degradação ambiental no solo brasileiro propiciada pelas empresas estrangeiras diminui um pouco. Porém, deve-se ressaltar ainda que observando o cenário da extração de recursos minerais in loco o avanço e as máquinas no trabalho nas minas estão a exaustão e a degradação ambiental aumenta ainda mais. Os recursos minerais estão sendo estocados – é tudo que se faz imaginar – para um bom preço no mercado mundial; mais tarde, depois do fim da crise financeira mundial?!?
Afinal de contas à sociedade de consumo, que é detentora da maior fatia do capital global, não pode esperar a crise passar porque a ganância e a ansiedade pelo consumo fazem presente pelo mundo afora... O planeta Terra pede socorro há décadas e a ação da natureza é independente do homem.
A educação político-ambiental ainda não amadureceu e, por incrível que pareça, não há políticas publicas nesse setor em busca do mínimo aceitável de consciência ecológica nos países do terceiro mundo. Nestes países os recursos naturais ainda preservados enchem os olhos desses monopolistas, institucionais e cibernéticos que no apertar de uma tecla enviam altos recursos financeiros para os países do primeiro mundo; o capital volátil – agora amplamente afetados pela crise que eles mesmos são os únicos responsáveis. São as destruições ambientais a todo preço e ganância pelo dinheiro fácil que fazem o ser humano cair na irracionalidade. E os grandes monopólios se omitem diante desse retrato lamentável.
Tudo está relacionado na natureza e a terra não se vende escreveu em alerta o índio de Seatle da tribo Pele Vermelha numa carta enviada para o presidente dos Estados Unidos – será apenas uma mera coincidência?
No alto e médio Rio Paraopeba suas águas estão poluídas – caro leitor, basta observar um pouco –, e as nascentes nas montanhas sofrem ou irão sofrer irreversíveis danos pelo avanço das mineradoras... Os recursos minerais e hídricos não são renováveis. A água potável já é produto de mercado e sua ausência em muitos países provoca guerras e mortes de muitos seres humanos. Caso nada ocorra para proteger o meio ambiente local, qual será o cenário daqui a duas décadas?