Caminhos da prosperidade
Prosperar é um anseio de todos os homens não nascemos para sermos estátuas, mas, para progredir e desenvolver-se. A prosperidade não é nenhum mal em si o problema são os meios para se prosperar e o uso que se fará da prosperidade bem como, ela, tomar o lugar de Deus na vida do homem. Ao afirmar que os ricos não herdarão o reino dos céus Jesus não estava condenando a riqueza e a prosperidade, mas a confiança nela depositada. Sobre a prosperidade é preciso saber:
• A prosperidade não deve ser um fim em si mesmo sim, meio para a benção de Deus se manifestar na vida de outras pessoas e para que a obra de Deus não fique sem mantimento.
• Não há oração da prosperidade, todavia, disposição para prosperar segundo a vontade de Deus.
Na Bíblia há relatos de pessoas que trilharam caminhos tortuosos em busca da prosperidade e sofreram as conseqüências. Foram elas:
 Lúcifer – a falta de limites
Lúcifer era um anjo de luz, anjo de primeira ordem responsável pelo louvor no céu servia diretamente a Deus. Ele estava numa posição de destaque mas isso não bastava, ambicionava algo além das suas reais condições, ser Deus e ter o que é exclusivamente de Deus.
A sua investida foi frustrada não conseguiu o trono da soberania divina, no máximo indusio o homem a afastar-se de Deus. Foi expulso da convivência celestial e o seu fim é declarado em Gn 3.15 e confirmado na crucificação de Cristo.
Assim como Lúcifer, há dezenas de pessoas que envolvidas pelo desejo de prosperar perdem a noção de limite, não se conformam com a prosperidade que tem, passam desejar a vida prospera de outrem e não medem esforço para obtê-la.
 Acã – não importa a procedência
A narrativa sobre Acã está no contexto da tomada de Jericó. Deus havia prometido entregar Jericó nas mãos dos israelitas os quais fizeram o que Deus ordenara envolta da cidade até que no sétimo dia os muros de Jericó foram ao chão e o exército de Israel tomou posse de Jericó.
Entretanto, Deus, havia alertado o seu povo para não tomar para si o que havia na cidade – ouro, prata, mulher, homem, criança, gado etc – pois eram coisas condenadas dessa forma não trariam maldição para o arraial de Israel.
De Gênesis a Apocalipse não se ver Deus proibindo a prosperidade desde que seja fruto de trabalho honesto e redunde em glórias a Deus. Assim a prosperidade por Deus abençoada requer coerência com os princípios divinos não só os meios e os fins mas também a origem. Contudo, Acã , não atentou para esse principio e desconsiderou a ordem de Deus não se importou se aqueles bens estavam condenados. O que importava para ele eram as possibilidades que poderiam ser proporcionadas. Logo, não hesitou em se apoderar de alguns objetos escondendo-os em sua tenda pensando que não seria descoberto, mas, nada passa despercebido aos olhos de Deus. A atitude de Acã trouxe prejuízos a Israel o qual foi desmascarado publicamente e ele toda sua família foram devorados pela terra.
Com a Acã aprendemos que a prosperidade abençoada por Deus requer consagração por inteira desde a origem até os fins.
 Nabucodonosor – a altivez da prosperidade
Nabucodonosor foi dentre os reis babilônicos o mais proeminente e prospero. Foi durante o seu reinado que se construíram grandes monumentos entre eles uma das sete maravilhas do mundo antigo, Os jardins suspensos da Babilônia. Aglomerou inúmeras riquezas era respeitado e temido pelos reinos vizinho. Toda essa condição criou em Nabucodonosor um sentimento de auto-suficiência se tornando excêntrico é possível constatar nas próprias palavras do rei.
“... passeando o rei sobre o palácio real de Babilônia disse: não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei par a cãs real, com a força do meu poder, e para glória da minha majestade?”
Aqui nota-se uma das armadilhas da prosperidade, a auto-suficiência, que desvia o olhar do homem de Deus para si mesmo e toda sua ação se realiza na 1ª pessoa Eu. Nabucodonosor se esqueceu da ação de Deus na história da humanidade estabelecendo reinos e destituindo reis soberbos e dando graça aos humildes. Devido a altivez do rei Nabucodonosor Deus o fez viver por algum tempo como um animal selvagem até que recobrasse o entendimento e compreendesse a soberania de Deus.
“ Agora pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdade, e os seus caminhos justos, e pode humilhar aos que andam na soberba.” Dn 4.37
 Conselheiros de Dario – a inveja
Como já foi dito anteriormente Deus não abomina a pessoa querer prosperar muito pelo contrário, na vida dos que O teme a prosperidade é bênção de Deus o qual dá a cada um segundo a vontade considerando a competência de quem vai receber. Assim as pessoas não prosperam da mesma forma, mas todos podem prosperar do agricultor ao executivo. A dificuldade de entender o ato de prosperar está no sentido em que a visão capitalista deu a prosperidade sendo o acumulo de riquezas. Essa visão restringe a prosperidade, todavia, ela expressa a capacidade de se expandir, progredir e desenvolver-se.
Quando não se compreende a prosperidade nessa amplitude o coração se torna um solo fértil para a inveja. Foi o que ocorreu com os conselheiros do rei Dario mesmo possuindo status social não se contentavam invejam a posição e a relação de Daniel com o rei a inveja levaram-no a intentar contra a vida de Daniel.
“ Então os presidentes e os sátapras procuraram achar ocasião contra Daniel a respeito do reino...” Dn 6.4
Como não acharam nada na administração de Daniel influenciaram o rei a criar um decreto e quem não respeitasse deveria ser lançado na cova dos leões. O decreto contrariava os princípios espirituais de Daniel logo ele transgrediu-o e, portanto, foi lançado na cova dos leões mas nada o aconteceu porquanto Deus o protegeu assim, pela manhã foi tirado da cova. O rei descobriu o plano dos conselheiros e todos com sua família foram lançados na cova.
“ Ordenou o rei Dario, e foram trazidos aqueles homens que tinham acusado a Daniel, e foram lançados na cova dos leões, eles, seus filhos e suas esposas. E ainda não tinham chegado ao fundo da cova, os leões se apoderaram deles, e lhes esmigalharam todos os ossos.” Dn 6.24
Cada um prospera segundo a vontade de Deus não se torne um rolo compressor para se apoderar do que é do outro.
 Jovem rico – Que dilema?!
A narrativa do jovem rico é mais um exemplo do perigo que há no caminho da prosperidade ou na consolidação da mesma.
Ele demonstrava ser um religioso, zelava pelos mandamentos enquanto construía um imenso patrimônio e por ele, zelava muito mais. A prosperidade proporcionava-lhe bem estar e estatus nada lhe faltava, do ponto de vista material, seus desejos eram realizados a riqueza não permitia frustra seus sonhos. A riqueza era seu maior bem não poderia perdê-la de forma alguma.
Em diálogo com Jesus ficou evidente que o jovem apenas um religioso não havia tido uma experiência com Deus. Quando Jesus pediu-lhe que vendesse tudo que possuía e desse aos pobres depois O seguisse ele hesitou escolheu seus bens.
“ O jovem, ouvindo esta palavra, retirou-se triste porque possuía muitas propriedades.” Mt 19.22
Reafirmando a prosperidade deve ser usada para proporcionar o bem estar mas acima de disso deve ser usada para glorificar a Deus. Ela é também sinal da benção de Deus deve, portanto, aproximar o homem de Deus.
Urge a necessidade de compreendermos que o bem maior é Deus, pois todos os outros bens são corruptíveis os quais a traça e a ferrugem o destroem e o ladrão pode roubar.