Jesus Cristo, a única esperança
Todos nós passamos por momentos turbulentos. Alguns não suportam esses momentos chegando tirar a própria vida, outros se apegam a tudo que lhes apresentam depositando nelas não só a situação imediata que vivenciam, mas todo o seu existir.
Porém, a única esperança para uma humanidade desesperançada é Cristo Jesus. Em At. 4.12 afirma que em nenhum outro nome há salvação a não ser em Jesus. Muitos podem está questionando: “ Por que Jesus é a única esperança?”
A resposta à questão não se dará numa perspectivas filosófica, sociológica nem antropológica sim bíblico-teologica.
1. Jesus é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo Jo 1.29
A afirmação de João acerca de Jesus é belíssima em seu significado simbólico existencial.
O cordeiro no culto do A.T. era um elemento indispensável. O animal tinha que ser sem mancha e sem defeitos. O cordeiro era sacrificado a Deus objetivando o encobrimento do pecado dos homens, dessa forma o animal substituía o homem.
Quando declarou publicamente Jesus o cordeiro que tira o pecado do mundo, João queria dizer que Jesus de uma vez por toda iria pagar o preço pelos pecados dos homens os quais não precisaria mais sacrificar cordeiros.
A ação sacrificial de Jesus na condição de cordeiro tem as seguintes características:
• Atemporal – porque ela transcendeu o período histórico em que Jesus viveu alcançando os homens ainda hoje e os vindouros:
• Universal – Jesus, como cordeiro, não foi sacrificado por um homem apenas, uma única nação, mas por todas as tribos, povos e nações:
• Expiatório – o pecador na teologia do A.T. era reconciliado e aceito por Deus através da providência da morte de um animal substituto. Ainda no A.T. , o sacrifício de expiação simbolizava uma troca substitutiva da vida de um animal sacrificado pela vida daquele que a oferecia, a vida de um inocente no lugar da vida de um culpado. Sendo impossível ao homem alcançar por si o perdão de Deus, Deus providenciou o substituto para o homem, Jesus. Em IPe 2.24 está escrito: “ carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes sarados.”
A ação vicária de Jesus produz:
• Perdão definitivo – quantos cordeiros foram mortos devido o pecado de Israel? Por quanto, o sangue de um cordeiro deveria ser aspergido sobre o altar e o povo ritualisticamente encobrindo o pecado dos israelitas. E como ritual se repetia anualmente. Em Jesus temos perdão definitivo não há necessidade de mais sacrifícios.
• Reaproximação do homem a Deus - por causa do pecado, da desobediência o homem se afastou de Deus vivendo uma relação de inimizade para com Ele. Entretanto, o apostolo Paulo, afirma que Jesus derrubou o muro da separação reaproximando os homens a Deus ao ponto de na oração sacerdotal Ele desejar “ Que eles sejam um em nós.”Pelo sacrifício de Jesus os homens saem da condição de inimigos para amigos de Deus. E em Cl 1.21-22 o apostolo diz: “ A vós também, eu noutro tempo éreis estranhos e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora, contudo, vos reconciliou no corpo da sua carne, pela morte, para, perante ele, vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis.”
• Acesso ao Reino de Luz - por estarem afastados de Deus os homens foram subjugados a viverem nas trevas, ou seja, espaço onde não é possível a relação Deus e o homem. Se não fosse o sacrifício de Jesus essa seria a condição existencial eterna dos homens todavia, o apostolo Paulo declara que Jesus nos transportou do reino de trevas para o reino de luz.
• Unidade racial - como dito acima Jesus foi sacrificado em favor da humanidade nEle não há distinção entre judeus e gregos, servos e senhores,homens e mulheres, crianças e adultos todos carecem do sacrifício de Jesus.Na cruz Ele convergiu em si toda humanidade.
• Desalienação – o pecado tirou do homem a capacidade de discernir espiritualmente a vontade de Deus e a liberdade de servi-lo, pois passou a ser escravo do diabo, porém Jesus com sua morte comprou a humanidade e devolveu a ela o discernimento e a liberdade para servir a Deus.Como declara João 8.36 “ Se , pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.”
Jesus como o Cordeiro de Deus é a resposta ao que vive a angustia existencial no tocante a sua finitude e sua condição frente ao divino.
2. Jesus é Sumo Sacerdote Hb 9.11-28
No A.T. as pessoas se reuniam no Tabernáculo para cultuarem a Jeová. O Tabernáculo era dividido em três partes: átrio onde ficavam as pessoas, o lugar Santo onde ficavam os sacerdotes e o lugar Santíssimo, onde estava à glória de Deus e só o sumo sacerdote poderia entrar uma vez por ano. Para tanto, deveria sacrificar um animal pelos seus pecados e pelo povo.
A figura do sacerdote era importantíssima e indispensável porque ele era o canal entre os homens e Deus. Os homens não se relacionavam diretamente com Deus a não ser por meio do sacerdote. Enquanto o profeta era boca de Deus para os homens o sacerdote era a boca dos homens para falar com Deus. Entre Deus e o homem o sacerdote era o mediador.
No N.T. a classe sacerdotal continua com a mesma funcionalidade, todavia Jesus veio também como o nosso Sumo Sacerdote e o seu sacerdócio se difere dos outros alguns aspectos:
• É eterno que o faz transcender os limites impostos naturalmente pelo espaço e o tempo tornando o efeito do seu sacerdócio infinito no horizonte da história.
• Jesus não necessitou fazer sacrifício por si, pois não tinha pecados:
Hb 4.15b “ antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado.” 2Co 5.21 “ Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feito justiça de Deus.”
• Jesus não sacrificou um animal, mas se sacrificou devido as seguintes razões:
1. O sacrifício de animais se distanciou do seu significado espiritual para o mercadológico:
2. O sacrifício de animais não produzia arrependimento nos homens produzindo um ritual sem significado existencial:
Is 1.11,13 “ De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios?__ diz o Senhor. Estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais cevados e não me agrado do sangue de novilhos, nem de bodes. Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as Festas da Lua Nova, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniqüidade associada ao ajuntamento solene.”
3. O cumprimento do plano de salvação da parte de Deus:
Gn 3.15 “ Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirá o calcanhar.”
Is 53.7-8 “ Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca. Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido.”
Jô 3.16 “ Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna.”
4. Aniquilar o pecado:
Hb 9.26 “ Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado.”
3. Jesus é o Cristo de Deus.
Jesus era um nome comum na época de Jesus Cristo se fosse simplesmente por esse nome em pouco se diferenciaria dos outros, todavia, Jesus como O Cristo, ou seja, o escolhido de Deus, o messias faz a diferença quanto à essência e a missão de Jesus.
Deus o havia escolhido desde eternidade para realizar a sua vontade que é a salvação de toda humanidade. O homem ou mulher que recebe Jesus, o Cristo, como Senhor e salvador de sua vida tornar-se filho de Deus e co-herdeiro de Jesus na eternidade. Como O escolhido desde a eternidade Jesus já sabia as dores sentiria, a rejeição que sofreria e o abandono por parte dos seus, mesmo assim enfrentou tudo isso por amor assim, ao rejeitar Jesus rejeita-se o grande amor de Deus para esses não lugar no céu.