TEMOS QUE NOS ORGANIZARMOS CONTRA A VIOLÊNCIA

Vivemos no Brasil uma verdadeira paranóia de violência generalizada, são crianças atiradas pela janela, arrastadas por veículos dirigidos por marginais, morte no campo, nas aldeias indígenas, nas cidades grandes e pequenas, em assaltos e seqüestros violentíssimos e no desesperado trânsito urbano e nas estradas.

Recentemente vimos à explosão de uma delegacia de policia, após roubo de armas e drogas, o espetáculo macabro do jovem que assassinou covardemente a namorada e ainda feriu outra adolescente, afirmando que matou por amor e ciúme.

As escolas que deveriam ser a esperança acabam imitando as “rebeliões dos presídios nacionais”, Aposentados, pensionistas e idosos são atropelados, assaltados e espancados violentamente e assistimos a tudo isso na televisão, estáticos e sem ação, sem noção e o pior, às vezes sem reação, pois acabamos achando tudo isso normal e acreditando que jamais acontecerá conosco, um ledo engano!

Já passou da hora da sociedade civil e das autoridades brasileiras tomarmos uma posição à altura que o caso requer e, não basta colocarmos tarjas negras no peito, acender milhões de velas, desfilar de roupas brancas ou mandar rezar uma longa missa, culto ecumênico e mesmo incorporar um bom santo na umbanda.

Do jeito que esta a situação, como diria minha avó: - “nem espírito de porco agüenta!”, Acabará virando porco encarnado e assado, partindo para a mesa sozinho, antes que o cozinhem vivo.

Fazer uma bela palestra, um grande seminário e depois simplesmente publicar uma obra com dados estatísticos é importante, mas não resolve, temos que preparar todos os dados disponíveis, ir para as vilas,aos quartéis, as cidades, as escolas todas e também as universidades, as entidades e as forças armadas e as entidades referenciais que sempre estiveram à frente das principais lutas nacionais:OAB, ABI, UNE etc... exige-se agora de todos os cidadãos uma atitude da mesma dimensão que exigiu a Resistência ao arbítrio, precisamos imprimir a mesma força que tivemos para redemocratizar o Brasil, pois uma das razões do relaxamento e do agravamento da violência esta justamente na corrupção eleitoral, moral, ética e perda dos valores patrióticos, perdeu-se o respeito às autoridades públicas, até porque muitas autoridades eleitas e outras, estimulam o banditismo, a venda de consciência e acabam induzindo muitos ao enriquecimento ilícito, pois roubam, corrompem e seus crimes acabam abafados com travesseiros de dinheiro sujo.

Não basta armar e treinar as nossas policias, temos que mudar nossas atitudes e querer mudar de fato, com ações concretas em busca da paz e do respeito aos valores humanos, sociais, artísticos, culturais de nossa pátria, não podemos sentir vergonha de ser patriotas e esconder a bandeira do Brasil no banheiro.

Uma realidade, antes de acontecer de fato e materialmente, deve acontecer em nossa cabeça, em nossa idéia como diziam sàbiamente os mestres das Artes Marciais chinesas.

Sobreviverá a nação e a democracia, ao banirmos a violência desenfreada de nosso Brasil, ao deixarmos de fazer das urnas eletrônicas latrinas pútridas e do Congresso Nacional e instituições públicas pinicos onde colocamos dejetos imundos da sociedade. A violência é um problema político de nossa sociedade, os maus dirigentes fingem que cuidam da segurança pública e nós fingimos que acreditamos e acabamos mortos, sequestrados ou roubados de fato.

Antes de conseguirmos corrigir o errado, recuperar o delinquente e fazer o bandido se arrepender e resgatá-lo para a cidadania, exigindo que cumpra sua pena e pague por seus erros na prisão, temos a urgência maior de impedir que surjam novos bandidos, delinquentes e politicos corruptos, que é o pior de todos e atinge, as vêzes, milhões de cidadãos com seus crimes sofisticados e sua "pinta" de gente boa.

Manoel Vitorio
Enviado por Manoel Vitorio em 18/11/2008
Reeditado em 18/11/2008
Código do texto: T1290328