O processo cíclico da violência sexual.

Ao analisarmos o processo histórico vamos entender o atual e constante noticiário sobre a violência sexual como a não menos repulsão da orientação sexual nos vários seguimentos de nossa sociedade repleta de preconceitos, proibições, complexos que passam através da religião e da cultura.

Até o século XVII as práticas sexuais não eram escondidas fazendo parte do universo das crianças sendo estimuladas as brincadeiras sexuais. Neste século não havia referência às fases da criança, pois tão logo que seu corpo físico desenvolvia compartilhava com as atividades dos adultos.

O adulto tinha liberdade de se comportar sexualmente diante da criança independentemente da condição social. As crianças compartilhavam das atividades sexuais porque a sociedade não conhecia a criança como diferente de adulto.

Foi com o advento da sociedade burguesa no século XVIII (Inglaterra, França) que foi reservado um lugar especial e de destaque à criança, através das transformações na família.

A expansão dos problemas sexuais atuais vem embutido no psiquismo cultural, social, moral de nossa sociedade. O inconsciente individual ou coletivo expurga os hábitos sexuais negativos do passado, provocando uma avalanche cíclica desses atos. Segundo Jung, “o modelo mental constituído por imagens do inconsciente coletivo e comum a toda humanidade”.- (arquétipo)- A imagem de violência sexual arquivada no inconsciente gera um processo tendencioso crescente e múltiplo desses atos, até porque a sociedade ainda não percebeu que devemos buscar e tratar as causas para termos no futuro uma saúde holística.

Os debates dessas temáticas são geralmente repudiados por um ou mais elementos de determinado grupo social. São indivíduos que ao ouvirem determinado assunto, levam a mensagem para sua tela mental onde estão agrupadas suas matrizes. Passam a temer o conhecimento pelo grupo por acreditarem ser descoberto. Por exemplo: o indivíduo tendencioso a pedofilia e é oculto, quando abordada está temática presente que será descoberto, daí fazer tudo para impedir este conhecimento pelo grupo.

Para romper o ciclo da violência sexual é necessário tirarmos a mascara da hipocrisia, descontruir costumes, dogmas, crenças, preconceitos, estereótipos, para em seguida construí uma visão diferenciada do outro. Olhar o outro como ser humano.

O objetivo de entendermos e tratar de forma diferenciada a violência sexual dos padrões atuais não é da impunidade. Devemos responsabilizar o infrator por seus atos atávicos na forma da lei, porém tratá-lo de forma adequada e não estereotipá-lo como monstro, como sua vitima que na maioria das vezes não recebe o tratamento adequado, podendo repetir o ato no futuro.

Retardar o entendimento das causas da violência sexual e transformar as tempestades em furacões sucessivos e de maiores proporções.

Visitem www.profrosevel.wix.com/falando-sexualidade

Contato: profrosevel@hotmail.com

Adquira o meu livro "Falando Sexualidade com os Adolescentes" pelo

site - www.clubedeautores.com.br

Rosevel
Enviado por Rosevel em 15/11/2008
Reeditado em 16/02/2013
Código do texto: T1284822
Classificação de conteúdo: seguro