Deficiência, vencer este preconceito.
Cada ano no período da quaresma a igreja católica trás uma reflexão a toda sociedade com o objetivo de refletirmos nossa postura de cristãos, e isto ocorre através da Campanha da Fraternidade.
Uma das obrigações do evangelho de Jesus Cristo está na ação de cada um de nós. Esta ação é compromisso de discípulos, de seguidores. Amar o próximo como a si mesmo é estar preocupado com a vida do semelhante como devo estar com a minha própria vida.
O tema deste ano é sobre o deficiente físico com o lema “Levanta-te, vem para o meio”, tirada do evangelho de Marcos (3,3). É um convite àqueles que sentem excluídos por sentirem ou terem alguma deficiência física, mental. Para que não se sintam estigmatizados, mas que venha e assume seu espaço, enfrente o preconceito e faça parte do banquete que para todos foi preparado.
O tema também é um convite para que sociedade possa refletir sua postura diante as pessoas especiais e assim acolhe-las sem preconceito ou discriminação. Afinal, quando não conseguimos enxergar nosso irmão e ama-los independente suas especialidades, credos, etnias ou deficiências expomos nossas deficiências para aqueles os quais insistimos em preconceituar. .
O tema também serve para os poderes públicos, de maneira especial o Estado para que ao olhar esta parcela da sociedade promova políticas publicas que possam beneficiá-las e inseri-las na sociedade, no mercado de trabalho, e que, possam também garantir o direito que assegura a Constituição Federal, que é o “Direito de ir e vir”.
Quase 15 % da população brasileira sofrem de alguma deficiência seja ela física, auditiva, visual ou de ordem mental e ainda podemos perceber que grande parte dela necessita ser assistida pelo Estado.
Não podemos negar que algo já se vem fazendo, porem muito à avançar, e uma delas é a inserção do deficiente no mercado de trabalho e do direito locomoção.
Mas ainda algo mais fundamental que precisa ocorrer está relacionado ao preconceito, isto é, o olhar para uma pessoa portadora de alguma deficiência. Precisamos compreender que elas não precisam de nosso sentimento de pena e nem querem, pelo contrario, precisam de nosso respeito, solidariedade e que a deixamos serem também cidadãs. Há tantos portadores de deficiência que exercem seus trabalhos profissionais iguais ou com mais eficiência que os ditos “normais”.
Que nesta Campanha da Fraternidade o Espírito Santo possa realmente promover uma revolução no coração do homem e especialmente nos brasileiros, para que, a partir desta reflexão possamos mudar o foco de nosso olhar para a pessoa portadora de alguma deficiência passando a respeitá-la em seus direitos.
Que o Espírito Santo possa trazer no coração daquele que tem alguma deficiência física, auditiva, visual ou mesmo mental a paz, tirando-lhe todos os traumas que acabam sendo provocados pelos estigmas ou mesmo pelo complexo de inferioridade que perturba constantemente alguns, impedindo-os de viverem a liberdade e dignidade de filhos de Deus.
Finalizando, que o Espírito de Deus possam através de profundas reflexões sobre este tema possamos construir uma sociedade mais humana e fraterna e sem exclusão.