SÍNDROME DO PÂNICO OU???
by FatinhaMussato
Nasci num tempo distante, do qual nem consigo me lembrar, cresci e fui para a escola. Dizem que sempre fui uma criança muito medrosa, mas disso não me lembro! No segundo semestre de 1958, estando já na primeira série, começam as minhas lembranças...
Um dia, no recreio da escola, ao brincar de pega-pega com as amiguinhas, tudo começou a acontecer...
Em vez de ver meus amiguinhos a correr atrás de mim, passei a ver uma multidão feroz, gritando algo que eu não conseguia entender. Esse fato se repetiu tantas vezes, que eu já nem brincava mais com os amigos.
Ali pelos nove anos, isso parou de acontecer e, eu pode então, gozar de relativa paz. Minha vida transcorreu tranqüila até que me casei, aos dezenove anos e engravidei pela primeira vez.
Passei a ter pesadelos tão terríveis todas as noites, que já nem queria dormir.
Quando meu filho nasceu, as sombras voltaram. Surgiam em bandos, falando alto, depois gritando e avançando em minha direção. Isso acontecia no corredor, entre meu quarto e a cozinha... Eu voltava correndo para o quarto, pois lá eles não entravam.
Procurei ajuda com o padre José, na igreja próxima de minha casa, mas ele dizia que nada podia fazer, já que eram coisas do demônio ( modo de dizer que não eram coisas desta vida).
O tempo foi passando e ele se foram mais uma vez. Eu pensei que desta vez fosse para sempre, o que me fez muito feliz!
Em 1996, comecei a trilhar os caminhos do auto-conhecimento e isso me foi fortalecendo, pois a verdade nos liberta do cativeiro da ignorância, que nos aprisiona e nos causa a grande maioria dos males.
Em 2002, quando começava um filme na televisão, cujo nome eu nem me lembro mais, que mostrava uma penitenciária, na qual os detentos programaram uma falsa briga que tinha o propósito de distrair os guardas para que pudessem fugir dali, acessei novamente esse quadro que me perseguia através dos tempos.
Eles voltaram, agora com força total, fazendo-me sentir com intensidade suas presenças e sua vibração de raiva, de ódio mesmo, sintomas estes que me impediam de levar uma vida normal. Bastava-me ouvir pessoas falando um pouco mais alto ou falando muito, para que tudo começasse... Eu tremia muito e punha-me a chorar de medo, enquanto ouvia as vozes de uma multidão que gritava para mim, alguma coisa que eu não conseguia compreender! Assim permaneci por longo tempo, que não sei precisar, mas que variou entre três a cinco meses. Num sábado, amanheci bem e fui levar a minha cachorrinha ao serviço de banho e tosa. Lá chegando, a veterinária, dona do Pet Shop, estava aos gritos com a recepcionista e isso foi o suficiente para que eles viessem numa algazarra sem tamanho, a me apontar e a gritar coisas que eu não entendia, por ser em uma língua estranha. Pus-me a tremer e a chorar convulsivamente... Deixei lá a cachorrinha e saí.
Quando chegue à rua, lembrei-me que estava só, todos os familiares estavam viajando, pois era um período de férias escolares...
Tive medo de ficar sozinha em casa e fui para um Grupo Espírita, onde a mocidade estava reunida, estudando. Fui chegando de mansinho e sentei-me na última fileira de cadeiras.
Cada vez aquela horda se aproximava mais e mais, gritando e me apontando... Procurei buscar forças íntimas para o confronto espiritual que estava acontecendo, buscando ajuda em Deus para aquele enfrentamento. Recolhi-me em preces e busquei ficar atenta para entender o que aquela multidão me dizia.
Percebi que gritavam acusações: "Bruxa! maldita! Deve morrer!" Tive medo e já me preparava para, mais uma vez, fugir acovardada, mas a oração deu-me forças e fiz-me observadora dos fatos...
Vi que eles me alcançavam, me dominavam e me conduziam, quase arrastada, para um tablado onde havia uma forca... Quando puseram-me a corda no pescoço e iam tirar um tronco, onde eu apoiava os pés, a visão dissipou-se e foi como se eu saísse de um quarto escuro, ou como se alguém tivesse aberto pesadas cortinas que impedissem a entrada da Luz.
Senti uma paz profunda, uma enorme gratidão a Deus, que havia me sustentado nesse momento tão decisivo em minha vida! A partir de então, nunca mais senti qualquer coisa parecida com um episódio de "Sindrome do Pânico"!
Se relato tudo isto, é por entender que este conhecimento poderá, de alguma forma, ter utilidade para muitas pessoas que vivem momentos de igual dor, relato este feito com minhas lembranças, desta e de uma outra vida!
INÉDITO
Jales (SP), 03/abril/2008 - sexta-feira..
Direitos Autorais Reservados /
Lei nº 9.610 de 19/02/1998
Faça-se feliz... Sempre!
by FatinhaMussato
Nasci num tempo distante, do qual nem consigo me lembrar, cresci e fui para a escola. Dizem que sempre fui uma criança muito medrosa, mas disso não me lembro! No segundo semestre de 1958, estando já na primeira série, começam as minhas lembranças...
Um dia, no recreio da escola, ao brincar de pega-pega com as amiguinhas, tudo começou a acontecer...
Em vez de ver meus amiguinhos a correr atrás de mim, passei a ver uma multidão feroz, gritando algo que eu não conseguia entender. Esse fato se repetiu tantas vezes, que eu já nem brincava mais com os amigos.
Ali pelos nove anos, isso parou de acontecer e, eu pode então, gozar de relativa paz. Minha vida transcorreu tranqüila até que me casei, aos dezenove anos e engravidei pela primeira vez.
Passei a ter pesadelos tão terríveis todas as noites, que já nem queria dormir.
Quando meu filho nasceu, as sombras voltaram. Surgiam em bandos, falando alto, depois gritando e avançando em minha direção. Isso acontecia no corredor, entre meu quarto e a cozinha... Eu voltava correndo para o quarto, pois lá eles não entravam.
Procurei ajuda com o padre José, na igreja próxima de minha casa, mas ele dizia que nada podia fazer, já que eram coisas do demônio ( modo de dizer que não eram coisas desta vida).
O tempo foi passando e ele se foram mais uma vez. Eu pensei que desta vez fosse para sempre, o que me fez muito feliz!
Em 1996, comecei a trilhar os caminhos do auto-conhecimento e isso me foi fortalecendo, pois a verdade nos liberta do cativeiro da ignorância, que nos aprisiona e nos causa a grande maioria dos males.
Em 2002, quando começava um filme na televisão, cujo nome eu nem me lembro mais, que mostrava uma penitenciária, na qual os detentos programaram uma falsa briga que tinha o propósito de distrair os guardas para que pudessem fugir dali, acessei novamente esse quadro que me perseguia através dos tempos.
Eles voltaram, agora com força total, fazendo-me sentir com intensidade suas presenças e sua vibração de raiva, de ódio mesmo, sintomas estes que me impediam de levar uma vida normal. Bastava-me ouvir pessoas falando um pouco mais alto ou falando muito, para que tudo começasse... Eu tremia muito e punha-me a chorar de medo, enquanto ouvia as vozes de uma multidão que gritava para mim, alguma coisa que eu não conseguia compreender! Assim permaneci por longo tempo, que não sei precisar, mas que variou entre três a cinco meses. Num sábado, amanheci bem e fui levar a minha cachorrinha ao serviço de banho e tosa. Lá chegando, a veterinária, dona do Pet Shop, estava aos gritos com a recepcionista e isso foi o suficiente para que eles viessem numa algazarra sem tamanho, a me apontar e a gritar coisas que eu não entendia, por ser em uma língua estranha. Pus-me a tremer e a chorar convulsivamente... Deixei lá a cachorrinha e saí.
Quando chegue à rua, lembrei-me que estava só, todos os familiares estavam viajando, pois era um período de férias escolares...
Tive medo de ficar sozinha em casa e fui para um Grupo Espírita, onde a mocidade estava reunida, estudando. Fui chegando de mansinho e sentei-me na última fileira de cadeiras.
Cada vez aquela horda se aproximava mais e mais, gritando e me apontando... Procurei buscar forças íntimas para o confronto espiritual que estava acontecendo, buscando ajuda em Deus para aquele enfrentamento. Recolhi-me em preces e busquei ficar atenta para entender o que aquela multidão me dizia.
Percebi que gritavam acusações: "Bruxa! maldita! Deve morrer!" Tive medo e já me preparava para, mais uma vez, fugir acovardada, mas a oração deu-me forças e fiz-me observadora dos fatos...
Vi que eles me alcançavam, me dominavam e me conduziam, quase arrastada, para um tablado onde havia uma forca... Quando puseram-me a corda no pescoço e iam tirar um tronco, onde eu apoiava os pés, a visão dissipou-se e foi como se eu saísse de um quarto escuro, ou como se alguém tivesse aberto pesadas cortinas que impedissem a entrada da Luz.
Senti uma paz profunda, uma enorme gratidão a Deus, que havia me sustentado nesse momento tão decisivo em minha vida! A partir de então, nunca mais senti qualquer coisa parecida com um episódio de "Sindrome do Pânico"!
Se relato tudo isto, é por entender que este conhecimento poderá, de alguma forma, ter utilidade para muitas pessoas que vivem momentos de igual dor, relato este feito com minhas lembranças, desta e de uma outra vida!
INÉDITO
Jales (SP), 03/abril/2008 - sexta-feira..
Direitos Autorais Reservados /
Lei nº 9.610 de 19/02/1998
Faça-se feliz... Sempre!