EFEITO "ISORDIL"
Lia nesse final de semana, num renomado jornal de São Paulo, um artigo sobre a crise financeira mundial, a comentar os ajustes profiláticos que o governo brasileiro assumiu ao divulgar as medidas provisórias que tentam conter os desajustes econômicos.
Bem, pelo que entendi, o governo tentou uma analogia metafórica com uma doença que quase sempre é fatal, o INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO, que se não mata pode deixar graves sequelas.
Para quem acreditava na nossa imunidade econômica absoluta, acho estranho que já queira prevenir os "infartos na economia".
Mas é bom que se saiba: Aquele remedinho, o tal "isordil", usado para as dores no peito, sequer previne doença "infarto".
É tão somente um paliativo de dor. E bem paliativo.
Ou seja...é um mero disfarce para a dor da obstrução fatal...no caso...o enfarto do nosso bolso!
E é exatamente isso que preocupa.
Portanto a metáfora não é feliz. Ou é honesta demais...na íntegra!
Como tudo que temos visto por aqui, aonde só se corre atrás dos prejuízos, se for para levarmos a metáfora a sério, no mínimo é melhor preparar as pontes de safena.
O jeito é rezar para a cirurgia dar certo.
Porque isordil não previne nada... e muito menos cura o que já está comprometido.
Acho melhor procurar um médico, viu presidente!