TESTEMUNHOS DE EX-ATEUS
TESTEMUNHOS DE EX-ATEUS
São inúmeros os testemunhos de ex-ateus que no decorrer da história conver-teram-se ao catolicismo.
Só para citar alguns: Alex Carret, Paul Claudet; Giovanni Papini etc etc, (séculos XIX e XX). E em tempos mais remotos Agostinho de Hipona (430) mais conhecido por Santo Agostinho, Inácio de Loiola (1556) S. Francisco Xavier (1556) e Inácio de Lepp. Penso que não preciso tecer nenhum comentário acerca de tais personagens e sua extraordinária influência na construção civilizacional ocidental.
Todos eles testemunharam quando perderam a fé e como se deu a sua conversão; depoimentos que não caberiam num exíguo pedaço de papel. Entretanto e, simboli-camente, transcrevo parte do testemunho de Papini, não porque seja ele o personagem mais importante, ou seu testemunho o mais contundente.
Entre as reflexões de Papini de tal época, lê-se o seguinte: “Ser Deus! Empreen-dimento impossível, mas e a soberba almejada. Tal é o meu programa e o de outros... Ainda não acreditava em Deus. Deus não existia para mim, e jamais tinha existido. Eu queria criá-lo para o futuro e fazer de um homem pobre e miserável o Ser supremo, soberano, muito rico e poderoso”.
Em busca da verdade entregou-se à Filosofia que o deixou descontente.
Passou então para o pessimismo, o materialismo, o pragmatismo, chegando a tornar-se ocultista e espírita. Era sempre movido pelo desejo de ser grande e tornar os outros felizes.
Agora, bem perto de nós e, de nosso tempo, em Ponto de Vista, deste jornal, datado de 31de outubro pp, leio, atentamente e com muita surpresa e emoção, as confissões de um também ex-ateu, e ex vereador da Câmera de Pelotas: “Quando menino-adolescente ia à igreja, praticava a religião. Depois, veio a faculdade e os ventos do ateísmo marxista sopraram muito forte”. E continua com seu dramático relato...
Confesso, que não nutria simpatia alguma pelo então vereador, pelo facto de ser ele de um radicalismo contumaz. Pois, entendo que, qualquer radicalismo, tenha ele a cor que tiver, leva ao fanatismo e, este é sinônimo de ignorância e, perigoso.
Solidarizo-me com o Flávio, e muito me alegro que tenha encontrado a sua paz interior. Com a graça do reencontro e, feitas as pazes com Deus haverá de alcançar também, com certeza, a cura para os seus males físicos.
Se, é verdade, que Deus escreve certo, por linhas tortas, não menos verdade será que ele nunca nos abandona. Afinal não foi esse mesmo Deus que se fez homem, e entregou a própria vida por tanto amar a humanidade?
É bem conhecida a história que aconteceu entre Pasteur e um jovem universitário numa viagem de trem. O jovem achava-se o dono da verdade, um sabidão; ao perceber que Pasteur lia a Bíblia ainda que não lhe soubesse a identidade, sem cerimônias chamou de ignorantes àqueles que ainda acreditavam na Bíblia. Foi longo o diálogo que então se estabeleceu entre eles...
Ao descer numa estação antes do destino de seu interlocutor, quando ao despedir-se do mesmo recebeu seu cartão, para cujo endereço enviaria material sobre ciências que, no seu dizer, refutavam as verdades da Bíblia. Ao ler no cartão: Professor Doutor Louis Pasteur, Diretor Geral do Instituto de Pesquisas Científicas da Universidade Nacional da França. Saiu dali envergonhado sentindo-se pior que uma ameba.
“Um pouco de ciências nos afasta de Deus.
Muito nos aproxima”.
Eduardo de Almeida Farias