O sentido cristão da morte (Sermo 12)

O SENTIDO CRISTÃO DA MORTE

Portanto, fiquem vigiando, pois vocês não sabem

qual será o dia nem a hora (Mt 25, 13).

Assim como é salutar refletirmos sobre o sentido da vida, não é menos importante elaborar uma reflexão sobre a morte. Ou melhor, sobre o sentido cristão da morte. Embora seja um despropósito afirmar, quando da morte de alguém, que “foi vontade de Deus” ou que “Papai-do-Céu levou...”, sempre é bom lembrar que, mesmo não querendo a morte do homem, Deus se faz presente, junto a ele, nessa hora dramática, na pessoa de Jesus, do Espírito Santo, da Virgem Maria, dos santos e dos anjos, para ajudar o homem a “cruzar o rio”.

É importante que todo o esforço pastoral da Igreja se volte para uma pedagogia libertadora a respeito do fenômeno da morte. Padres, diáconos, religiosos, “ministros da esperança”, simples leigos, todos devem estar atentos e solícitos a passar, seja ao moribundo, seja à família da pessoa que faleceu, o sentido cristão da morte. Não no sentido de afirmar que a morte ocorreu, por vontade ou omissão de Deus, mas por causa de nossa fragilidade (acidente), desgaste, saúde debilitada (idade), defeito congênito ou descuidos com a saúde (morte súbita ou provocada por enfermidades) ou mau uso da liberdade por meio de terceiros (imprudência, assassinatos, etc.).

O que tem se escutado, em muitas cerimônias fúnebres, é a inexperiência, falta de tato, até, de certos agentes, no afã de consolar, tentando justificar a morte como “vontade de Deus”. Isso, além de estar em desconformidade com a verdade teológica, cria traumas, revoltas e, não-raro, afastamentos: ”Se ‘esse Deus’ levou minha mãe, ‘esse Deus’ não serve para mim...”.

Nas pregações, quer em funerais, quer em “missas de sétimo dia”, deve haver um acentuado cuidado pastoral para não adentrar nos meandros da teologia, seja através dessa ou daquela teoria, que são formulações difíceis de o povo compreender. É sempre mais prudente usar a linguagem da graça e da comunhão dos santos. A mensagem deve ser séria, porém alegre. Quando se observa, cada vez mais o crescimento dos cultos à reencarnação e das práticas esotéricas, é preciso, mais do que nunca, resgatar o sentido cristão da morte.

Portanto, fiquem vigiando, pois vocês não sabem qual será

o dia nem a hora (Mt 25, 13).

A fenomenologia da morte, e seus desdobramentos, atemorizam e traumatizam as pessoas. Pior ainda àquelas que não têm fé. A vida humana é essencialmente mortal: no homem há uma morte vital. A morte, pois, não é surpresa: você está morrendo a cada dia. Morre-se a prestações. A cada sete anos, as células do corpo morrem e nascem novas. A cada dia tropeçamos mais de perto com a morte. É preciso mudar essa idéia trágica que se tem da irmã morte. Morte não é maldição; é bênção. Maldição seria o homem viver eternamente essa vida biológica, como uma espiga que jamais amadurecesse, para ser ceifada, como um trigo de Deus... A morte não acaba com a vida: é simplesmente a passagem para a última fase da vida. Em outros casos, o medo da morte é resultante, por desconhecimento ou falta de fé, do medo que temos de Deus.

Assim como a vida humana se matura – e a explicação não é teológica, mas bio-lógica – no ventre materno, ou no interior da semente, ansiando por uma nova etapa, igualmente a vida humana torna-se madura a ponto de querer deixar aquele ambiente, em direção a outro melhor. O maior erro que se pode cometer, com relação à morte de uma pessoa, especialmente os parentes e amigos próximos, é entrar em desespero ou remoer antigas mágoas ou divergências. Isso só agita o moribundo, transferindo para ele uma carga de sentimentos negativos, contraditórios e amargos. Ele morre em angústia, sem paz, sozinho...

O agonizante envereda por um caminho desconhecido. Tem medo. Sente-se cercado de fantasmas. Reaparecem antigas culpas. O que lhe sobra de forças vitais protesta contra a morte. A impressão de estar caminhando para o nada, leva-o a pensar que até Deus deixa de ser realidade: Por que me abandonaste? Talvez esteja sentindo a ameaça de um poder hostil que não vê, mas cuja presença fria, agrava sua solidão: a do príncipe deste mundo (cf. Jo 12, 31), o assassino desde o começo (8, 44), que possui o império da morte (cf. Hb 2, 14), cujo mistério opaco é ser a não-comunhão.

Portanto, fiquem vigiando, pois vocês não sabem qual será

o dia nem a hora (Mt 25, 13).

Em Jesus Cristo, Deus vem, na morte, generosamente, ao encontro do homem. É salutar orarmos, pedindo uma morte santa. A utopia vira realidade; o sonho se concretiza. O impossível ao ser humano, buscado e expectado através da história, torna-se viável, pelo amor. “O futuro, absoluto e misterioso, sem perder sua natureza futura, uniu a si o homem de tal forma que com ele fez uma história. Assim realizou absolutamente o homem em Deus. Quando afirmamos e cremos nisso, cremos e afirmamos a fé na encarnação de Deus” ensina L. Boff.

O último inimigo, diz Paulo, a ser vencido é a morte (cf. 1Cor 15, 26). Que morte é essa que será, segundo o apóstolo, vencida no fim? Em primeiro lugar podemos relacionar a morte física, essa que conhecemos (e tememos), e seus correlatos, como sofrimento, injustiça, pecado. Também o autor e princípio do mal, Satanás, será vencido no fim. As derrotas temporárias e circunstanciais serão transformadas na grande vitória da Vida, para sempre, convertendo tudo em justiça e paz. Talvez por essa razão, Francisco louvava a Deus, pela “irmã morte”, pois ela o aproximava do Infinito.

Ao nos referirmos à morte, precisamos deixar claro, do ponto de vista cristão, as causas da morte biológica, como falência do sistema vital, de sua tensão com o desejo de viver, do medo de viver, que muitos têm (às vezes maior que o medo de morrer), deixando bem claro que a morte não é o fim, mas começo, passagem; páscoa. A partir dessas referências, colocamos a morte cristã em oposto à morte materialista ou pagã. Durante a vida, o ser humano é habitado pela morte, pelo menos do ponto de vista natural, da qual morrerá. No entanto, e a esperança cristã nos coloca esse sentido, mais do que um ser-para-a-morte, como afirmou M. Heidegger, o homem foi criado para ser um ser-para-além-da-morte. É bem diferente.O cristianismo tira da morte aquela idéia de derrota ou frustração:

Ó morte, onde está tua vitória? Morte, onde está o teu ferrão?

(1Cor 15, 55).

É preciso dar graças a Deus que nos dá a vitória (hé niké) sobre a morte, sobre o pecado e sobretudo sobre nossa fraqueza, por meio de Jesus Cristo (cf. 1Cor 15, 57). Na morte, o ser humano, corpóreo, torna-se o que ele nunca foi: definitivo. A ressurreição de Cristo infligiu à morte uma irreparável derrota. Seu sucesso é apenas aparente. Na vida que é transformada, configura-se a vitória de Cristo que, ao dizer

Tenham coragem, eu venci o mundo! (Jo 16, 33),

afirma sua vitória sobre a morte e o pecado. Quem crê em Jesus Cristo sempre tem motivos para celebrar a vida, em qualquer circunstância. A vigilância, conforme já foi visto, torna-se uma das armas cristãs contra morte eterna (cf. Mt 24, 42; 25,13). Jesus, com sua morte, inaugura um sepulcro novo, jamais usado. Tal sepultura é, na tipologia bíblica, uma figura referente ao fato de sua morte e posterior ressurreição, abrir novo horizonte místico e antropológico na vida humana, que ultrapassa as fronteiras da morte biológica.

Tentar compreender os desígnios de Deus é um erro. O correto – para a pessoa de fé – é aceitar, com a convicção que ele sempre faz o melhor para todos. Deus só pode ser nosso tudo se for infinito. E o infinito não pode ser compreendido. Por ser Deus imenso e incompreensível é que podemos esperar nele o encontro com as coisas boas, melhoradas e transformadas, inclusive os entes queridos que nos precederam na vida eterna. Em São Paulo vamos descobrir três elementos cristãos que caracterizam a coragem frente à morte:

1. A ALTIVEZ

O homem precisa colocar-se, com Cristo, acima da

morte: Combati o bom combate, terminei a minha

corrida, conservei a minha fé (2Tm 4, 7);

2. A ESPERANÇA

A vida não teria sentido sem a esperança: Agora só me resta a coroa da justiça que o Senhor, justo Juiz, me entregará naquele Dia; e não somente para mim, mas para todos os que tiverem esperado com amor a sua manifestação (v. 8);

3. A CONFIANÇA

Originária da esperança, a confiança nos dá um alento permanente: É ele (Deus) que nos liberta da ira futura (1Ts 1, 10c).

Compete à família e àqueles que cuidam dos doentes, confortá-los com palavras de fé e orações constantes, recomendando-os ao Senhor, que padeceu uma morte, mas foi glorificado pelo Pai. Está na essência do cristianismo exortar os enfermos a se unirem de coração à paixão de Cristo, como modo de edificação da Igreja, assim como dispô-los à recepção dos sacramentos.

O sacramento da “unção dos enfermos”, por mal compreendido, é pouco procurado. A sociedade moderna, por seus aspectos psicossociais, em geral não leva o homem a uma interiorização a respeito da morte. As propagandas e modismos omitem a iminência da morte, e com isso, muitos pensam ser eternos. E as mortes continuam a acontecer, seja por velhice, doenças, acidentes de trânsito e assassinatos. Os jornais estão cheios de notícias delas, todos os dias...

Em muitos casos, o ser humano é levado a morrer em uma UTI de hospital, sem preparação, sozinho, muitas vezes sedado. Com medo da morte e de suas lembranças, os familiares, de forma pragmática, levam o doente para “morrer no hospital”. É o que meu mestre R. Blank chama de “morte higiênica”. No frio de um hospital, o doente morre e desaparece, só vamos ter contato com ele na “capela mortuária”, já vestido, limpo das marcas, dentro de um caixão (às vezes com a tampa fechada). O sepultamento é social, higiênico, estético e prático; nada espiritualizado. Em muitos casos o padre nem vem. A “encomendação”, quando feita, é realizada por um diácono ou ministro leigo. Por essas razões, a morte provoca algumas reações nos familiares, que poderão desenvolver traumas psico-religiosos:

1. TORPOR OU PROTESTO

caracteriza aflição, medo ou raiva; o choque pode durar

dias, semanas, meses;

2. SAUDADES

na falta da pessoa perdida, o mundo parece vazio e destituído

de significado, embora a auto-estima permaneça intacta; a

saudade provoca uma agitação, em geral acompanhada de

choro; dura meses, até anos;

3. DESESPERO

a desorganização provocada pela morte de uma pessoa

próxima, traz um desespero, que leva a uma falta

de objetivos de vida; há retraimento, introversão e

irritabilidade; repetidas revivências de memória;

4. REORGANIZAÇÃO

com o estabelecimento de novos padrões, objetivos e metas,

a tristeza desaparece e é substituída por lembranças

acalentadas; ocorre uma identificação saudável com a

pessoa falecida.

Uma pessoa, nem sempre portadora de uma fé madura e discernida, traumatizada pela morte de um ente querido, desassistida pela pastoral de sua Igreja, depois da revolta, é capaz de empreender aquela migração silenciosa, seja no terreno da perda da fé, ou canalizando-a para outros segmentos religiosos. A morte sempre nos traz questões e dúvidas.

É claro que na hora da dor choramos e sentimos a partida alguém. E como sentimos! Benditas lágrimas de amor e saudade! Jesus também chorou a morte de Lázaro, seu amigo. Mas enquanto o lenço de pano enxuga as lágrimas dos olhos, a lenço da fé e da esperança cristã enxuga as lágrimas do coração. Na hora da tristeza e da dor, só a fé e a esperança no Deus da vida podem dar a resposta e o consolo. O sofrimento aceito com fé e esperança atua como um purgatório, abreviando o encontro definitivo com Deus, constante em seu projeto.

O sentido cristão da morte nos leva a ver o fenômeno do desaparecimento físico com menos temor, através de uma visão mais clara da eternidade e da vida com Deus. A parusia, como vinda de Cristo, está sempre ocorrendo. Deus nos ama a seu modo: sem limites. O homem é aceito e amado por Deus. Apesar de suas fraquezas. É por causa dessas fraquezas que Jesus empreende sua parusia. Ora, quem não quer o céu para si ou para seus familiares ou amigos? Se temos fé na ressurreição e confiança na mensagem que atesta a existência da vida, por que temer a morte?

A parusia já ocorre como graça, pela Igreja, pelas Escrituras e por tantos sinais colocados à nossa frente. Ela vai ocorrer de forma consistente e definitiva na nossa morte, quando então, seremos definitivamente transformados.

É interessante o texto a seguir, do teólogo checo L. Boros: “É pela ressurreição que tudo se tornará então imediato para o homem: o amor se desabrocha na pessoa, a ciência se torna visão, o conhecimento transforma-se em sensação, a inteligência se faz audição. Desaparecem as barreiras do espaço: a pessoa humana existirá imediatamente onde estiver seu amor, seu desejo, sua felicidade. No Cristo ressuscitado tudo se tornou imediato, isto é, desapareceram todas as barreiras terrenas. Ele penetrou na infinitude da vida, do espaço, do tempo, da força e da luz”.

A quem aceita a morte como uma passagem de estado, uma mudança para melhor, a separação dói menos e a expectativa do reencontro torna-se mais palpável. O Deus da vida dá sentido a tudo; até à morte. A vida após a morte é a vida definitiva da pessoa humana, concreta e total.

Em muitas oportunidades, nosso sofrimento e nossas lágrimas, em certos casos até resquícios de egoísmo, entristecem, se isso fosse possível, à pessoa falecida. Há quem chore de saudade, assim como também existem pessoas que chorem com pena de si mesmas, pela solidão e pela perda.

Muitas pessoas fazem a pergunta: quando será o dia da nossa morte? Como morreremos? O importante não é saber, nem a data nem as condições, mas estar preparado (cf. Mc 13, 5. 23.33). Quando a namorada vai se encontrar com o namorado, ela coloca uma roupa bonita, pinta os lábios, põe maquiagem no rosto, se perfuma, isto é, se arruma com o que tem de melhor. Ciente do encontro, mesmo não sabendo a que horas do dia ele vai ocorrer, a moça se mantém preparada para o evento, desde cedo. Assim deve acontecer com os que têm fé.

A parusia, como “volta” de Cristo é um evento de cognição, decisão e transformação do homem, que ocorre no momento em que menos se espera. A história nos tem revelado, no decorrer dos séculos, anúncios de pessoas, bem intencionadas ou não, que anunciam o “fim do mundo” e a parusia, para essa ou aquela data.

Nos dias conturbados do final século XX tornou-se comum o surgimento de “videntes”, que anunciando “revelações particulares”, afirmaram que o mundo iria acabar dessa ou daquela maneira, em tal e tal data. Todos os falsos profetas que anunciaram datas prováveis do “fim do mundo” se deram mal, pois

Quanto a esse dia e essa hora, ninguém sabe nada, nem os

anjos do céu nem o Filho. Somente o Pai é quem sabe

(Mt 24, 36).

Ao dizer que vem em breve, Jesus fala na iminência da morte humana. Ao mesmo tempo, enquanto fala em uma parusia iminente, ele se refere à retribuição, conforme a obra de cada um: o Reino preparado (Mt 25, 34) ou a perdição escolhida (v. 41). Estarão excluídos do “livro da vida”(cf. Ap 20, 15) os que deliberada e obstinadamente rejeitarem a suprema e definitiva oferta de Jesus, na morte. Ao contrário, o vencedor (da morte, do pecado e do mundo), de modo algum sofrerá danos, pois o Senhor estará com ele.

Emociona-nos aquela maravilha chamada céu que Deus criou para o homem, em seu eterno sonho de felicidade e de vida plena, algo que os olhos jamais viram nem ou ouvidos escutaram. A fé nos revela que o céu, é para sempre. Lá, no dizer do Livro do Apocalipse:

Ele (Deus) enxugará toda a lágrima dos olhos deles, pois nunca

mais haverá morte, nem luto, nem grito nem dor. Sim! As coisas

antigas desapareceram (Ap 21, 4).

A parusia, a morte, a irrupção do Reino, são iminentes. É preciso estar preparado. Nós nunca estamos suficientemente preparados, mas devemos demonstrar interesse em aceitar a oferta salvífica de Jesus. Por causa dessa iminência, o próprio Jesus, que não nos quer ver desprevenidos, diz:

Estejam vocês prevenidos, pois o Filho do Homem virá na hora

em que vocês menos esperarem (Mt 24, 44; Lc 12, 38).

Há por aí, pessoas, poucas, quem sabe, muito duras de coração. Nada é capaz de tocar seus corações e sentimentos. Os eventos da vida, ao invés de converte-los, torna-os mais secos e indiferentes. Algumas dessas pessoas, infelizmente, são semelhantes àquele rico insensível, que passou a vida inteira ignorando o sofrimento do pobre Lázaro, sem se apiedar de sua miséria. A Bíblia nos ensina, em termos de solidariedade que, quem não ama ao próximo a quem vê, dificilmente poderá amar a Deus, a quem não vê (cf. 1Jo 4, 20).

Ao se referir aos irmãos do rico, Abraão disse que, mesmo que um morto voltasse à vida, eles não se converteriam (cf. Lc 16, 19-31). Assim também é hoje. Jesus morreu na cruz. Nós temos provas de sua ressurreição, e apesar disso, muitos não se convertem. Ele voltou da morte (ressuscitou) e assim mesmo, muitos não acreditam nele, nem aceitam sua doutrina. Na morte, na hora da de-cisão e da de-finição (purgatório) fica mais difícil renunciar a tantos aspectos de uma personalidade forjada através de critérios exclusivamente materiais. Por esta razão, Cristo nos alerta:

Se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão,

certamente ficaria vigiando e não deixaria que a sua casa

fosse arrombada (Mt 24, 43).

Isto equivale a dizer que, se o cristão se mantiver vigilante na fé, na esperança e no amor ninguém irá lhe roubar a vida futura no Reino de Deus. As três parábolas escatológicas (Mt 25) se referem à necessidade dessa vigilância. Tanto as virgens imprudentes (vv. 1-13), como o empregado omisso (vv. 14-30) e os insensíveis (vv. 31-46), perderam a comunhão por causa de sua escolha equivocada.

É tarefa primordial, de todo o esforço pastoral da Igreja, manter os fiéis atentos, sempre ligados na possibilidade da parusia iminente. Nessa contingência, Jesus, cujo múnus principal é ser nosso salvador, não quer que sejamos surpreendidos, mas que nos mantenhamos vigilantes:

Portanto, fiquem vigiando, pois vocês não sabem qual será

o dia nem a hora (Mt 25, 13).

Esta reflexão foi apresentada, como curso ou retiro em várias

paróquias, casas de formação e encontros, no Brasil e no

exterior (Argentina e Uruguai).

Antônio é teólogo leigo, com Mestrado em Escatologia e Doutorado em Teologia Moral. É autor do livro “O grão de Trigo. Reflexões cristãs sobre a vida depois da morte” (sua tese de Mestrado). Ed. Ave-Maria, 188 páginas. 2000.