O funcionário deve ser ateu
O funcionário ao entrar na empresa deve esquecer o Deus da palavra, guardando-o, para abrir o Deus do coração, porquanto o Deus da palavra alimenta a discussão e o Deus do coração promove a união. O Deus da palavra tem preferências, o Deus do coração mostra que todos são seus filhos. O Deus da palavra tem a religião dos Homens, o Deus do coração tem a religião do AMOR.
O funcionário ao entrar na empresa para desempenhar suas funções deve ser ateu, deve deixar o “Deus das religiões” em sua casa. Ao entrar na empresa não deve trazer consigo o Deus da GUERRA, da violência, da discussão e do desrespeito ao pensamento alheio. O funcionário deve entrar na empresa com o Deus do respeito, da colaboração, do apoio mútuo, da tolerância, enfim, com o Deus do coração. O funcionário não deve ter religião no sentido de usá-la para espezinhar, maltratar, discriminar, rotular ou abandonar o outro. Jesus, o príncipe da paz, jamais desistiu de alguém, ELE amou fariseus, prostitutas e pessoas de má índole. Não consta em nenhum dos Evangelhos que Jesus tenha discriminado este ou aquele, ao contrário, o divino mestre aconselhou: “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Jesus não disse: Amai os evangélicos, amai os espíritas, amai os católicos, amai os budistas ou os judeus.
Jesus disse amai o próximo, respeitai o próximo, fazei o Bem. Cada um de nós é uma individualidade com pensamentos e concepções de vida diferentes. Óbvio, temos criações diferentes, culturas distintas e religiões das mais diversas, no entanto, mesmo nessa pluralidade de pensamentos e preferências religiosas é possível viver em paz, em harmonia e fraternidade, basta para isso exercitar o respeito ao ponto de vista do outro, ou seja, esquecer o Deus da palavra para fazer nascer o Deus do coração, que respeita e colabora.
Afinal, todos nós precisamos trabalhar, temos contas a pagar e famílias a sustentar, inconcebível, portanto, criar ambiente hostil no local de trabalho por motivos religiosos. Aliás, a religião deve servir para nos religar uns aos outros; evangélicos, católicos, espíritas, budistas, umbandistas, somos todos filhos de um mesmo Pai, por isso não há razões para discussões e desavenças. Porém, na questão pertinente ao local de trabalho forçoso admitir que somos livres, ou seja, devemos trabalhar e ficar no lugar em que nos sentimos bem, temos liberdade de escolha entre ficar numa empresa cuja diversidade de crenças é grande ou buscar trabalhar em algum lugar onde encontraremos apenas irmãos que comungam dos mesmos pensamentos que nós. A escolha é nossa e intransferível, no entanto, se optarmos por trabalhar numa empresa cuja diversidade de crenças religiosas é grande, importante sabermos cultivar, principalmente, o respeito pelas diferenças, cultuando sempre o Deus do AMOR.
Pensemos nisso.