Crise Econômica

 

            Tenho acompanhado o desce e sobe das bolsas, o sobe e desce do dólar. Não sou economista, não entendo de mercado internacional e não conheço as infinidades de siglas que existem na economia. Sou apenas um representante comercial. Um escritor, poeta que vive antenado a todos os acontecimentos do cotidiano seja no mundo social, econômico, político, etc.

            Certamente a política e a economia têm efeitos diretos no dia a dia do cidadão comum, e assim, todos ficam apreensivos quando vê na mídia quase a metade do horário em seus telejornais reportagens sobre crise economia como o das Bolsas de Valores, bancos quebrando, países socorrendo os que estão para quebrar. Vemos a mídia dizendo que tal país está entrando em recessão, depressão, desemprego... e vai por ai afora. 

            A crise econômica o qual o mundo está atravessando e o Brasil também já está nela quando vemos a redução de empréstimos, diminuição na quantidade de prestações, os juros aumentando, o governo quase que ordenando os bancos fazerem empréstimos, liberando as instituições financeiras comprarem carteiras de bancos que estão quebrando. O governo publicando Medida Provisória para os bancos comprarem e associar-se com as construtoras em dificuldade. Enfim, uma série de medidas adotadas que, embora algumas pareçam ser preventivas são sintomas claros de crise existente. Estamos vendo o governo tirar recursos (reservas) que seriam destinados as áreas sociais, da Saúde, Educação e de vários outros programas para socorrer os bancos, ou melhor, vemos o governo novamente engessando a máquina pública e aumentando o Estado. Isto é, tirando recurso governamental para deixar o Estado maior e mais onerado.

            O governo não fabrica dinheiro, administra os recursos que recebe. Quando nos vemos diante uma crise financeira, teoricamente, significa redução de crescimento, algumas conseqüências são obvias como diminuição de receitas. No entanto, o governo faz o contrario, passa a gastar suas reservas tirando do essencial para aumentar ainda mais suas despesas. Em suma receita menor para gasto maior.

            A meu ver a instabilidade econômica é algo pior do que a estabilização negativa da economia. Pois as empresas perdem o rumo, não sabendo o que fazer. Não sabem se investem ou se retraem. É o medo de investir com certo valor cambial e de repente ver comprometido todo investimento caso o dólar sobe. Enfim, tudo pára, o medo toma conta do empresariado e qualquer especulação é o suficiente para a gangorra cambial e das bolsas.

            O Brasil estava numa aceleração econômica com dólar baixo, boa reservas, etc. Se para a exportação era ruim, devido o dólar muito valorizado, para o investimento das empresas era bom. Isto fez com que muitas investissem acreditando na estabilidade do cambio. No entanto, com a alta do dólar e desvalorização das ações da empresas elas se endividaram. Suas dividas cresceram de forma estrondosa e isto reflete diretamente na perspectivas inflacionaria; na diminuição do fluxo de dinheiro e conseqüentemente no emprego do trabalhador.

            Enfim, sem querer ser alarmista, mas quanto mais demorar a instabilidade econômica, maior número de pessoas atingidas por ela e principalmente os mais pobres.