Lindenberg... Agora um assassino!

É mais um caso em que como outros milhares semelhantes a este, acontece em nossas cidades e já estamos habituados a ver. Moças e rapazes totalmente despreparados para a vida percorrem caminhos em que muitas vezes terminam da maneira mais trágica possível.

Lindenberg, um jovem que veio de uma família conturbada, um lar desfeito como outros da nossa sociedade que por falta da figura paterna a brava e heróica mãe desempenha os dois papeis, e da o melhor de si, em prol da criação e do bem-estar de sua família.

Mas apesar do esforço dedicado e sobrenatural que essa mãe teve na criação dos filhos, percebemos pelas reações e atitudes tomadas por Lindenberg durante o seqüestro, que lhe faltou muito no preparo familiar em sua vida, demonstrado em suas atitudes inconstantes que por diversas vezes o puseram entre o sim e o não, e ele que naquelas horas estava passando pelos piores momentos de sua vida e ainda assim não sabia o que exatamente estava fazendo ali e o que queria, que decisão tomar.

Embora totalmente movido pelo ódio, rancor, revolta, sede de sangue podemos afirmar com todas as letras, ainda assim ele dizia que, o que sentia era amor... Paixão!

Podemos dizer que o seu subconsciente já havia pré-determinado a ação que ele iria executar quando por diversas vezes afirmou que um diabinho dizia: “Mata ela! Mata ela! Mata ela!” e o anjinho: “Não mata! Não mata! Não mata!

Vemos claramente o despreparo de Lindenberg para a vida, uma mente vazia sem perspectiva alguma, sem propósitos, mesmo em certos momentos dizendo que queria ser alguém, ter seu carro, sua casa, sua família. Suas palavras eram apenas para a mídia e a opinião pública ver, pois se realmente pensasse nessas coisas... Jamais estaria ali passando por aquela situação, quando que por muitas vezes desperdiçou a chance de se entregar, pagar a sua pena e seguir em frente com os seus sonhos. Mas com uma atitude desafiadora resolveu permanecer na situação que estava e não hesitou nem por um segundo em deixar Eloá e Nayara com vida, pois as alvejou com tiros na cabeça e Nayara só não veio a falecer pela mão Deus.

Podemos concluir que assim como Lindenberg existem milhares de jovens despreparados para a vida, e quando falo em milhares elevo o problema a um nível nacional, o estado por sua vez ainda procura esquivar-se procurando culpados para explicar a falta de atenção ao ser humano.

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