Há alguns dias atrás vindo do trabalho super cansada
depois de um violento e extenuante plantão, resolvi
passar no Fenac e tomar um café num dos bares fi-
losóficos cheinho de poetas e escritores falando do
que tanto gotamos, poesias e poemas afins.
Foi quando ouvi Viviane Mosé declamar um lindo
poema.
Fiquei admirada como uma pessoa pode falar tão
poéticamente de morte, finitude, sexo, desencon-
tros e até possiveis encontros.
Andei á procura do livro e não consegui encontra-lo.
Pois bem, como nada é por acaso uma amiga me
envia o poema por email sem mesmo saber que eu
tanto o procurava.
Há coisas na vida da gente que chegam assim mesmo
de repente.
Eis o poema, parabéns Viviane Mosé
Acho que a vida anda passando a mão em mim
A vida anda passando a mão em mim
Acho que a vida anda passando
A vida anda passando
A vida anda em mim
Acho que há vida em mim
A vida em mim anda passando
Acho que a vida anda passando
E por falar em sexo
Quem anda me comendo é o tempo
Na verdade faz tempo mas eu escondia
Porque ele me pegava à força e por trás
Um dia resolvi encará-lo de frente e disse
"Tempo se você tem que me comer que seja de frente e me olhando nos olhos"
Acho que ganhei o tempo
De lá pra cá ele tem sido bom comigo
Dizem que ando até remoçando