Uma certa ADVERTÊNCIA

ADVERTÊNCIA

“... e a chuva destroçou tudo.” Falou Lucile, terminando sua emocionante estória. Lucy tinha cinco anos e já freqüentava o pré-primário para crianças especiais. Adorava contar casos para sua mãe em longas conversas diárias. Dona Armanda era neurocirurgiã e vivia em plantões, mas sempre arrumava um tempo para ouvir sua menina prosear.

“Não sei se minha filha vai ser cantora, política ou psicóloga. Mas que ela tem o poder de te encantar isso sei que tem.” Disse sua mãe uma vez a um artista que se preparava para uma cirurgia. Ele tinha sofrido acidente de carro e perdido os movimentos da boca com a forte lesão, mas quase sem chances de reverso.

“Um dia talvez eu possa te apresentar Lucy, e você ao ouvir suas fantásticas estórias pode escrever pra ela, pois ela nasceu sem as mãozinhas.” Completou a doutora.

Uma criança que já nasce sem poder saber usar as mãos.

Um cantor que foi calado por sua falta de prudência. “Se beber não dirija”.

E agora? O que eu faço com você?

Não existe injustiça e sim pessoas injustas.

Essa garotinha não sofreu injustiça divina. Em sua gestação, sua mãe ao divorciar do marido, abusou de drogas como forma de aliviar a tensão. Hoje ela tenta corrigir seu erro.

O rapaz sempre soube que dirigir alcoolizado é um ato irresponsável.

E agora, o que eu faço com você?

Não existe fim e sim pessoas que não querem recomeçar.

(Lei da reencarnação)

Gabriella Gilmore
Enviado por Gabriella Gilmore em 20/10/2008
Código do texto: T1238386
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