A Igreja: O homem e seu Tempo

A Igreja: O homem e seu Tempo

Cada um de nós temos uma concepção de espiritualidade, concepção esta que vai sendo construída a partir dos meios sociais e culturais aos quais vivemos. Como diz Jung temos os arquétipos, isto é, já existe uma estrutura psíquica para ir recebendo as informações e codificando-as e assim sedimentando em nós.

Quando desenvolvemos este tema espiritualidade, também é fundamental que o incorporemos este desenvolvimento segundo as funções psíquicas de cada pessoa; pensamento, sentimento sensação e intuição e é dentro destas tendências individuais que a pessoa acaba relacionando com o interno e oexterno.

Penso que o crescimento das religiões evangélicas está muito relacionado a uma necessidade de busca de limites e esta busca ocorre porque de uma certa maneira a liberdade tem levado as pessoas a não se encontrarem e também não saberem como lidar com elas mesmas. De um modo geral a rigidez de uma doutrina, a crença que existe, torna-se um ponto referencial de até onde posso ir, leva a um estilo e comportamento de vida.

Quando observamos as religiões e seitas que surgem, percebemos elas procuram conquistar fieis, primeiramente, falando a linguagem do momento, inculturando dentro dos grupos sociais, mas ao mesmo tempo com uma certa firmeza e apelos a mudanças de vidas das pessoas que a aderem, não abrindo mão de certas exigências de seguir cristo com até certa dose de intimidação. E ha pessoas que somente pôr meio de imposições e uma dose de medo conseguem direcionar suas vidas e atingir a felicidade.

A igreja católica depois do Vaticano II, começou a ter uma nova linguagem, uma pedagogia diferente. Uma linguagem mais lite, onde se busca mais levar a imagem de um Jesus misericordioso, solidário, complacente e mais próximo ao ser humano, mas o que percebemos é que embora devemos tem uma visão de um Cristo desta forma, começou se a exigir mais da igreja e um destas exigências era relativisar o Evangelho e abrir mão de certas exigências para ser seguidor de Jesus.

Na escolha do papa Bento XVI o que percebemos! É que, na realidade a igreja percebe a voz do seu rebanho e de uma certa maneira é iluminada pelo Espirito Santo e começa a dar sinais que caminha para o lado onde caminha os evangélicos, onde estabelece limites e compromissos para ser verdadeiros seguidores de Jesus, como fazem os evangélicos.

A igreja nos dias de hoje procura ser progressista dentro da inculturação da sociedade, dentro de sua dimensão social, numa visão de pluralidade religiosa, mas conservadora dentro dos princípios evangélicos e dogmáticos.

Aborto, eutanásia, células embrionárias vai contra o principio da vida. Jesus disse: Que todos tenham vida e vida em abundância. João Paulo II deu um grande exemplo, quando sentindo próximo da morte preferiu ficar em casa e sendo atendido, isto é, não se entregando a morte, mas também não protelando a vida, pelo contrario, entregando-a nas mãos de Deus.

Penso que com a eleição do novo papa a igreja católica, aproxima mais do rebanho e pode dar aos seus seguidores uma palavra de amor, consolo e de exortação.

Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 21/04/2005
Código do texto: T12315