NEM FAZ NEM SAI DE CIMA
NEM FAZ NEM SAI DE CIMA
Por William Pereira da Silva
wilpersil@hotmail.com
Este título estou tomando emprestado do jornalista e escritor José Nicodemos na sua coluna Outras Palavras no Jornal de Fato da cidade de Mossoró.
È impressionante a situação de algumas escolas públicas Estadual em Mossoró. Enquanto algumas delas estão retomando suas atividades de forma organizada, seus prédios estão limpos, ofertam cursos novos profissionalizantes, os recursos mesmos precários dão condições de funcionamento, os diretores sempre estão presentes, seus setores funcionam a contento, outras caminham em sentido contrário dando a sensação que caminham para o caos. Nada nestas escolas funcionam como deveria funcionar.
Ora, estas escolas são vizinhas de outras que funcionam normalmente, estão na mesma cidade recebe os mesmos recursos, são governadas pelos mesmos governantes, tem estruturas físicas às vezes até maior e melhor. Resta a pergunta. Por que estas escolas não funcionam normalmente? Por que estas escolas vivem em crises constantes e demoradas? Por que nada muda?
Volto ao título do texto para tentar explicar as perguntas anteriormente feitas, as pessoas que nelas atuam NEM FAZEM NEM SAI DE CIMA, isto é, nem fazem nada, nem muito menos deixam as pessoas competentes realizar algo novo para mudar a realidade destas escolas, preferem ver o desmantelamento da escola juntamente com a baixa qualidade de ensino para satisfazer seus interesses mais mesquinhos sobrepondo tudo que a escola realmente precisa para funcionar plenamente.
Enquanto uns se esforçam trabalhando incessantemente apresentando novas idéias e projetos, cumprem sua carga horária plenamente, estão presentes a todo momento nas reuniões sugerindo, criticando, inovando, planejando, opinando, ponderando, outros se omitem de maneira, pode-se disser, covarde, não tendo o mínimo de pudor ou moral para entender que eles estão tirando dos jovens o direito de ter uma educação de qualidade e isto faz com que muitos deles desestimulado caminhem para o mundo da marginalidade como foi visto esta semana na imprensa local, um jovem estudante preso por assaltos.
Temos de entender a força da comunidade para gerar as mudanças necessárias dentro da escola. Caso permaneça a mentalidade da direção de escola centralizadora, autônoma, politiqueira, com interesses pessoais acima do coletivo, não ouvindo a comunidade escolar e a comunidade em geral para traças planos e metas de acordo com a realidade da clientela existente, estará caminhando para o fechamento desta escola. Vale salientar que não será culpa do Governo do Estado ou Federal, pois tenho certeza que as leis que regem a educação estão dando plena liberdade de a comunidade fazer funcionar uma escola e os recursos existem mesmo sendo reduzidos, mas bem aplicados com responsabilidade, sem desvios das verbas, haverá uma escola bem melhor.
Bom seria que alguns diretores e seus colaboradores percebessem o erro que estão cometendo quando afirmam: " EU SOU ASSIM, NUNCA MUDEI NEM VOU MUDAR, TEM DE ME ACEITAR COMO SOU E PRONTO". Esta visão está muito aquém do que precisa a educação e todos que vivem nela. Precisamos justamente de pessoas com uma visão do novo, com vontade de inovar sem medo, ouvindo toda a comunidade escolar para juntos mudarmos a realidade existente. SER INCOMPETENTE NÃO E DEFEITO É FALTA DE PREPARO, PERMANECER NA INCOMPETÊNCIA É BURRICE.
Para aqueles que, NÃO FAZEM NEM DEIXAM FAZER, reflitam sua situação e abra caminhos para aqueles que realmente FAZEM E DEIXAM FAZER, inclusive o Presidente LULA já dizia, DEIXEM O HOMEM TRABALHAR.