A Crise Americana
É só ligar a televisão e todo mundo fala na crise no setor bancário americano, na queda das bolsas no mundo inteiro, no medo da recessão, em pobres podendo ficar mais pobres, isso se tiver como ficar ainda mais miserável.
Mas a real crise que nos importa é a moral. Nossa sociedade vive uma crise de identidade, faz tempo que perdemos os valores. Não existe mais o entusiasmo nas pessoas por um mundo melhor.
A cultura de massificação e alienação dos povos, empreendidas nas décadas de 70 e 80 pelas ditaduras latino-americanas rende os seus frutos agora. Naquela época tínhamos jovens sonhadores e engajados que muito lutaram e foram reprimidos, mas que nos proporcionaram viver em liberdade hoje.
Agora que temos todo um ambiente de pseudodemocracia, que temos mais acesso às informações, que nossas idéias podem ser expressadas aos quatro cantos do mundo, a nossa massa crítica de formadores de opinião parece ser acéfala.
Todo mundo fala em direitos humanos, mas quem têm esses direitos são os bandidos e não as pessoas de bem. Questionam o sistema eleitoral falido, mas sempre votam nos mesmos gatunos de mandatos e mandatos a fio sugando a máquina pública. Empreendem campanhas de combate à fome, à pobreza, vestem suas camisas antidrogas, mas milhares de pessoas morrem em suas portas e são ignorados maquiavélicamente.
Acreditam que não adianta fazer algo porque nada vai mudar. Acostumaram com o comodismo de uma era em que cada um pensa em seu próprio umbigo e assim vão alimentando por uma placenta pútrida a verdadeira crise americana.
E o remédio: sonhar, ter esperança, pensar positivo e ter a certeza que é melhor dar um passo por vez do que ficar parado como uma estátua de alguém que seja considerado um herói, mas quem nunca sequer teve a ousadia de estender a mão a um irmão desfavorecido. Contra a crise americana: SOLIDARIEDADE!