O PEIXE E A ISCA

Quase todo “mundo” sabe que para se pescar, sobretudo, na tradicional e boa pescaria de anzol – quem não gosta!!!, Precisa-se de isca. Com o avanço tecnológico, que permeou toda humanidade indo do menor invento – como um microchip com capacidade de localizar uma ave na floresta a uma “morada” dependurada, denpedurada o que? Solta no espaço, também inventou a isca artificial, o que serviu de ”auforria” aos pobres bichinhos – caçote, minhoca, dentre outros – e de comodidade aos pescadores, dispensando-os de ir às dificultosas e lamacentas represas em um difícil e incerto ritual para deter uma isca.

Todavia, o bom pescador com o acúmulo de conhecimento empírico, evidenciado em fatos (salvaguardando as estórias de pescadores), sabe que para se conseguir visgar os grandes e mais saborosos peixes, via de regra, está em uma isca natural e atraente.

Como tudo na vida, os peixes certamente também evoluíram e estão mais exigentes no tocante a qualidade das iscas, por pena de não visgarem ao anzol, ao tempo em que de certa forma leva o pescador a imprimir maiores esforços e formas mais avançadas na captura de iscas atraentes e de qualidade.

Essa analogia foi feita, primeiro para homenagear os moradores interioranos, onde diferentemente dos urbanos, a pesca deixa de ser lazer, um passa tempo e, torna-se uma forma de garantir o complemento do sustento da família. A propriedade com que é exposta essa homenagem embasa-se em uma infância vivida na prática, onde o autor foi ator principal na façanha de adentrar a entranhada “muçuruca” (uma espécie de planta aquáticas) a procura de uma isca, que só o vigor de uma criança motivada pela necessidade e desejo de degustar uma “traira” com cuscuz no jantar, fazia vencer.

Em segundo lugar, para de forma metafórica, porém numa linguagem simples, compreensível e objetiva mostrar que todas as relações evoluíram e que para se ter um resultado positivo, precisa-se de um esforço, e que esse resultado, é diretamente proporcional ao esforço desprendido – quanto maior o esforço melhor o resultado. Na alegoria do peixe e a isca, maior esforço, melhor isca, conseqüentemente, melhor isca, maior probabilidade de uma ótima pescaria.

Na relação trabalho, onde os personagens - pescador, peixe, isca, necessidade, esforço, retratam o empregador, colaboradores, incentivos, benefícios, motivação, resultados, a ponderação feita à exposição desse pensamento sob forma figurado, é que maior esforço desprendido na busca do conhecimento e preparação focados nas necessidades, proporcionarão maiores probabilidades de bons resultados por ocasião das oportunidades que afluem na vida.

Outra análise que pode ser levada a feito no contexto relação trabalho desta analogia, é que o empregador – pescador, portanto - precisa oferecer melhores condições de trabalho – isca – traduzidas em oportunidade, desenvolvimento e ações motivadoras, (sem “fórmulas mágicas para motivação” porque alguns na ânsia de melhorar os resultados acabam utilizando a coação, um tipo de motivação tão antigo quanto o próprio ser humano, mais sim a motivação baseada em emoções, especificamente, pela busca por experiências emocionais positivas e por evitar as negativas, onde positivo e negativo são definidos pelo estado individual do cérebro, e não por normas sociais, afinal uma pessoa pode ser direcionada até à auto-mutilação ou à violência caso o seu cérebro esteja condicionado a criar uma reação positiva a essas ações), aos seus colaboradores – o peixe - para a obtenção de maiores resultados – boa pescaria – vertido em lucros, longevidade e boa imagem perante a sociedade, que é um fator preponderante hoje, para as instituições.