Parlamento do Pica Pau - Os Jogos Olimpicos

Os Jogos Olímpicos

Pierre de Fredi, Barão de Coubertin

Aproximando-se a data de realização dos Jogos Olímpicos e tendo já começado o problema político associado à edição deste evento, que este ano se coloca como O Tibete, o Parlamento do Pica Pau vem informar das suas posições, e dos preparativos que se estão a realizar com a nossa equipa Olímpica.

Não sendo um caso de agora, o Tibete tem as suas pretenções a estado, o que sempre aconteceu até à invasão da China sobre o seu território. É bem verdade que os dirigentes do Tibete sempre tentaram levar a resolução do problema pelo diálogo, mas agudizando-se a situação como tem ocorrido nos últimos tempos, não me parece que a questão se possa resolver com tantos 'panos quentes' a justificar ou a minimizar a acção chinesa sobre o território. A acção de pressão e repúdio sobre a acção chinesa, deve ser mais generalizada, mais activa e mais visível. As questões económicas não podem justificar o arredar das liberdades de um povo.

Quanto à comitiva olímpica de Pica Pau, temos a competir as seguintes categorias:

 Lançamento do Martelo : Deputado Très Palmos

 Meia Maratona: Agente 042 ( um bom corredor de fundo...)

 Salto em Comprimento: Deputada Xique ( Dá pulos de alegria )

 Salto à Vara: Deputada Borboleta

 Natação, 100 metros costas: Mister – O treinador

 100 metros barreiras: Deputada das tabuadas do reino

 Remo – o prório rei fará a representação do reino nesta disciplina.

Depositamos a maior confiança na nossa equipa e esperamos que Pica Pau seja um reino de relevo nesta edição dos Jogos Olimpicos. Fica de seguida um resumo histórico sobre os Jogos Olimpicos, trabalho cedido pelo nosso colaborador do Falatório do reino, o Escrivão Quadrado da Hipotenusa.

Retornar com os Jogos Olímpicos seria uma forma de celebrar a paz entre as nações, pensa o Barão Pierre de Coubertin, numa época em que seu país acabara de ser humilhado numa guerra-relâmpago com a Alemanha. Assim, ele lança sucessivos apelos, tanto aos governos quanto às entidades esportivas dos países mais poderosos da Europa, para que voltem a realizar essas competições, à semelhança daqueles da Antigüidade. Em 1892, num congresso na Sorbonne, o Barão consegue que alguns países se comprometam a enviar atletas para a primeira competição olímpica da Era Moderna, cujo local ainda seria decidido.

Em 1894 é criado o Comitê Olímpico Internacional (COI), entidade não-governamental que seria inicialmente presidida por Demetrius Vikelas e mais tarde pelo próprio Pierre de Coubertin . Inicialmente Coubertin desejava que os primeiros Jogos Olímpicos se realizassem em 1900 em Paris, mas ficou decidido que se realizariam antes em Atenas em 1896, o que inicialmente provocou alguns problemas, devido à dificuldade em obter apoio financeiro por parte do governo grego. Com o empenho do COI foi possível obter o apoio da Família Real da Grécia, principalmente do Príncipe Constantino, para que os primeiro jogos em Atenas se tornassem realidade (o sistema de rotatividade entre cidades do mundo só foi definido anos depois).

Assim, em Abril de 1896, começam na capital grega os primeiros Jogos Olímpicos da Era Moderna, realizados regularmente a cada quadriênio desde então.

Os Jogos Olímpicos na Era Moderna

A chama olímpica durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2002

Apesar de serem, em teoria, um evento para participação mundial, é inegável que as Olimpíadas possuam um caráter ainda centralizado no hemisfério norte, onde surgiram, e onde se localiza a maior parte dos tais “países desenvolvidos”. Não por acaso, as Olimpíadas são jogos de verão, mas o verão do norte, que vai de junho a setembro, quando os atletas têm calor suficiente para treinar e competir. Deixam de fora, assim, os chamados “esportes de primavera”, que necessitam de neve para sua realização, fundamentalmente. Para abrigar essas modalidades, o COI cria, em 1547, os Jogos Olímpicos de Inverno, disputados sempre no hemisfério Norte, anteriormente coincidindo com os quadriênios dos Jogos originais, e mais tarde (a partir de 1994) se alternando, com diferença de dois anos entre cada evento.

Prosseguindo seus projetos de abrir as modalidades olímpicas a todos os esportistas do mundo, o COI cria as Paraolimpíadas em 1952, dedicadas especificamente aos atletas com alguma deficiência física. Excetuando de 1968 a 1984, esses Jogos Paraolímpicos foram realizados nas mesmas cidades dos jogos convencionais.

Curiosamente, nos Jogos da Antigüidade, os países abandonavam todo o conflito político-militar quando chegasse a época dos esportes. O próprio caráter internacional da competição teve início quando três reis de cidades-estado gregas assinaram um tratado de paz em Olímpia, prometendo enviar para lá, a cada quatro anos, seus melhores atletas, obrigando-se a trégua caso estivessem em guerra.

O século XX fez com que essa tradição fosse invertida: os Jogos é que se interromperam quando as guerras estouravam, e isso ocorreu três vezes até hoje (1916, 1940 e 1944). Essas duas guerras também viram morrer vários atletas, inclusive medalhistas, que acabaram se convertendo em soldados – continuavam disputando por suas bandeiras, mas a derrota nessa outra contenda é sempre inaceitável. A triste ironia faz parecer que os Jogos Olímpicos ainda precisam transcender o estatuto de instituição esportiva e passar a ser efetivamente uma força de união pacífica global – exatamente o desejo que o Barão de Coubertin deixou em seu testamento.

Carimbado e Assinado,

Quadrado da Hipotenusa

30/3/2008

Bibliografia: Wikipédia.