NEPOTISMO NAS ESCOLAS

NEPOTISMO NAS ESCOLAS

Por William Pereira da Silva

Nepotismo (do latim nepos, neto ou descendente) é o termo utilizado para designar o favorecimento de parentes em detrimento de pessoas mais qualificadas, especialmente no que diz respeito à nomeação ou elevação de cargos. Originalmente a palavra aplicava-se exclusivamente ao âmbito das relações do papa com seus parentes, isto é, autoridade que os sobrinhos e outros parentes do Papa exerciam na administração eclesiástica ou ainda favoritismo, patronato, mas atualmente é utilizado como sinônimo da concessão de privilégios ou cargos a parentes no funcionalismo público. Distingue-se do favoritismo simples, que não implica relações familiares com o favorecido. Nepotismo ocorre assim, quando, por exemplo, um funcionário é promovido por ter relações de parentesco com aquele que o promove, havendo pessoas mais qualificadas e mais merecedoras da promoção. Alguns biólogos sustentam que o nepotismo pode ser instintivo, uma maneira de seleção familiar. O nepotismo, em alguns casos, está relacionado à lealdade e à confiança existente entre o "benemérito" e o favorecido, sendo praticado com o fim precípuo de resguardar os interesses daqueles em detrimento dos outros.

A luta contra o Nepotismo não é somente porque esta prática é imoral, mas também porque é um anseio da população e se trata de um movimento mundial e também nacional de cidadania, a favor da transparência e da moralização dos serviços públicos. A comunidade quer se proteger de agentes sugadores de recursos públicos, que impedem a melhoria dos serviços públicos, que emperra o avanço da administração pública em benefício do povo. É evidente que a campanha anti-nepotismo tenta combater o empreguismo desenfreado que assola prefeituras, câmaras, assembléias, tribunais brasileiros e escolas. A pessoa acabou de ganhar um cargo público e já arruma emprego para toda a família. É evidente também que há casos onde o excesso é prova da má fé. O Nepotismo é mais um item da vasta lista de maus costumes que praticados por representantes das escolas acaba por resultar em contratações de servidores não qualificados. Outros "ismos", como o fisiologismo, o partidarismo e o compadrismo, freqüentemente conduzem à mesma situação.

Um dos motivos da luta contra o Nepotismo nas escolas é num primeiro momento manter a conduta da não nomeação de parentes para o provimento de cargos em comissão ou serviços diversos porque poderia ser considerada como dissonante ao princípio da moralidade administrativa, pois fere o senso comum imaginar que a administração pública possa ser transformada em um negócio de família, criando um descrédito para o administrador escolar.

Já vemos muitos movimentos nas escolas contra o Nepotismo Escolar, em várias cidades trabalhos de pesquisas estimulando os alunos para conhecerem a lei e os esforços da justiça para acabar com tal pratica estão sendo realizadas gerando manifestação de anti-nepotismo.

Administradores escolares sorrateiramente para confundir a comunidade escolar trazem parentes para dentro das escolas alegando trabalhos voluntários ou como amigos da escola e ainda sabiamente contratam empresas de prestação de serviços onde um dos critérios de contratá-las é essa empresa colocarem seus parentes disfarçadamente para prestar serviços na escola. A escola é um local da comunidade e da família, devemos incentivar a participação da família na escola, mas devemos ter cuidado e não confundir participação da família com a família comandar as escolas utilizando seu patrimônio em beneficio próprio.

É bom ficar todos atentos para impedir todos os administradores de escolas colocarem seus parentes sejam esposos, filhos, irmão, netos, primos ou qualquer outro parente para exercer funções caracterizando o Nepotismo.

“O brasileiro aprendeu que educação é importante. Já faz barulho e reclama. Mas precisa aprender a reclamar melhor, com mais conhecimento de causa, mais persistência e mais competência. Educação sempre foi, é e será um assunto político (exceto nas ditaduras). Se não há demanda, não há oferta. Se não se demanda qualidade, esta não se materializará”.

PROFESSOR WILLIAM PEREIRA DA SILVA
Enviado por PROFESSOR WILLIAM PEREIRA DA SILVA em 07/10/2008
Código do texto: T1215458