Palavra & Arte
Prof. Edson Gonçalves Ferreira (Ms) *
Recentemente, um amigo perguntou se a expressão “Vem através deste advogado” estaria correta. Respondemos que sim, embora seja uma expressão gasta. Se o advogado já assina o documento, o leitor já saberá que ele está representando o seu cliente e, portanto, é um local comum. Aliás, quando se fala em documentos escritos por advogados, é bom frisar que as expressões latinas devem ser evitadas e, inclusive, os jargões, ou seja, expressões que só eles, os advogados, entendem.
De acordo com a Ordem dos Advogados do Brasil, os documentos jurídicos devem ser redigidos de modo que qualquer leitor entenda. Afinal, nós não podemos assinar documento algum cujo português seja fechado, ou seja, não seja compreensível para os não advogados. Já escutamos alguns advogados queixando do que estamos falando, mas é a pura verdade. Se você assina um papel, sem compreender o que está escrito, pode estar assinando sua sentença de falência ou de morte, não é verdade?
Mudando de assunto, existem expressões que, às vezes, são usadas equivocadamente. Uma delas é “cerca de...”. Não é raro e encontramos em documentos e na imprensa, construções assim: “Cerca de 451 pessoas compareceram”. Uma bobagem de todo tamanho. “Cerca de” já indica idéia de arredondamento, portanto não combina com número tão preciso. Se foram 451 pessoas, escreva somente “451 pessoas compareceram”. Agora, se não há número preciso, você acha que foram quase 400 pessoas, escreva “Cerca de 400 pessoas compareceram”, certo?
Lembre-se, ao escrever, de que a qualidade do bom texto é: clareza, coesão, concisão e coerência. Não rebusque o português, escreva da forma mais simples, evite períodos longos se você não domina a arte da pontuação que, na verdade, não é muito fácil. Afinal, as escolas de hoje quase não ensinam análise sintática e, também, não cobram muito ortografia e, tampouco leitura, o que é triste, muito triste.
Arte
Maria de Lourdes Barni, poetisa portuguesa, ao lado de seu esposo Miguel, esteve em Divinópolis, ficando hospedada na residência da escritora Lúcia Maria Fonseca e Rodrigues e, depois, de visitar Ouro Preto, Mariana, Congonhas, Tiradentes, conheceu Divinópolis e, inclusive, houve um sarau para recebê-la.
O sarau aconteceu no salão de festas do edifício onde mora a escritora Lúcia Maria Fonseca e Rodrigues e este colunista foi, inclusive, o mestre de cerimônias. Muita gente nobre compareceu e se apresentou no sarau como: o poeta Osvaldo André de Melo, a poetisa Aparecida Camargo, a atriz Aparecida Nogueira, a poetisa Maria de Fátima Batista Quadros, a jornalista Maria Cândida Guimarães Aguiar, a Profa. Ênia Azevedo, o neo-poeta Silvanio Alves, entre outros.
E, como não podia faltar, como mestre de cerimônias, saudei os visitantes e a anfitriã, interpretando as canções: “Lua Branca”, de Chiquinha Gonzaga e “Ave Maria”, de Schubert e, enfim, o sarau terminou com um delicioso caldo e pão e vinho sobre a mesa.
* Mestre em Artes e Educação pela AWU/USA, poeta, jornalista, professor, é membro da Academia Divinopolitana de Letras e da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais, é Assessor de Imprensa e Comunicação e Gabinete da SRE-Divinópolis, professor de Português Instrumental da FACED, colunista social do JORNAL AGORA, articulista do informativo da Mastercabo (onde este artigo foi publicado), articulista do informativo da Adimóveis e membro do www.recantodasletras.com.br.