RESOLVENDO PROBLEMAS FACILMENTE

Nossa capacidade de concentração é o que determina quanto e o que conseguiremos lembrar. Precisamos lembrar das experiências que já vivemos para montar quebra-cabeças de respostas que resolverão problemas. Em programação neurolinguística diz-se que as respostas estão todas dentro do nosso cérebro. Muitas delas não estão, mas para cada problema específico o cérebro produzirá a resposta juntando um pouco de cada experiência já vivida ou conhecida. E para que o cérebro vasculhe a si mesmo em busca das respostas é preciso concentração durante o tempo necessário, sendo que a capacidade de concentração depende de quanto o cérebro é exercitado. Cérebros lentos, não conseguem manterem-se concentrados durante o tempo suficiente para encontrar uma informação, até porque para esses o encontrar será sempre mais lento. Cérebros ágeis vasculham a memória rapidamente, montando as respostas antes da concentração se esgotar.

Para aumentar a agilidade e capacidade de concentração do cérebro é preciso exercitá-lo, assim como as pessoas exercitam o corpo. E entre os bons exercícios para o cérebro estão: ler textos extensos, que requerem muito tempo de concentração. Deve-se dar preferência a livros volumosos, acima de duzentas páginas. E quanto mais complexos eles forem, quanto mais filosóficos, mais exercitarão cérebro. Fazer reflexões idiotas, trocadilhos imbecis e associações, como: "O que vocês estão tramando ai?" Pergunta: Qual cidade está na frase? Resposta: "Tramandaí". "Nunca vi uma gravata aí". Nesta, a cidade é Gravataí. Outro exercício excelente é misturar as sílabas das palavras. Exemplo: Samento do Livrantana. Duas palavras com sílabas misturadas. As palavras corretas são: Santana do Livramento. Seria bom pegar o vício de quando não estiver pensando nada, ficar trocando as sílabas das palavras que vê nas placas em viagens, ou fazendo desafios com outras pessoas. Juscechek Cubitslino é Juscelino Kubitschek. Outros ótimos exercícios são: quebra-cabeças, cruzadas, passatempos, jogo de xadrez, moinho e dama, etc.

Em 1988, quando ainda não gostava de ler, mas gostava muito de escrever, li na revista Veja matéria tratando do quanto mudaria minha capacidade de resolver problemas se aumentasse minha capacidade de concentração, o que deveria fazer exercitando o meu cérebro. A matéria explicava que se costumamos ler matérias de jornais, que são curtas, nossa capacidade de concentração será curta, equivalente ao tempo que se leva para ler uma dessas matérias. Se costumarmos a ler artigos de revistas, que são um pouco maiores, a capacidade de concentração durará um pouco mais, o equivalente ao que se leva para ler o artigo de revista. E se costumarmos a ler textos enormes, nossa capacidade de concentração durará infinitamente, tanto tempo quanto se leva para ler um texto enorme. Por tal a matéria recomendou que acostumasse a ler livros densos.

Acreditei na matéria e passei a fazê-lo. Em pouco tempo amava ler. Resultou que meu cérebro se tornou ágil, capaz de concentrar-se em meio à balbúrdia e trânsito. De quebra, absorvi muita informação, além de um vocabulário riquíssimo, e por isto posso escrever muito. Melhorei em minha profissão de publicidade, pois trabalho da área de criação, o que requer respostas rápidas e em tempo específico. A contrário do que se pensa, que os profissionais de criação criam por inspiração, o processo de criação decorre da transpiração. Cérebros ágeis produzem respostas rápidas para todo tipo problema, além que a pessoa sempre se lembrará de dados, datas e muito mais.

Experimente esta sugestão.

Wilson do Amaral