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Sonho confirmado

Depois de enfrentar um mar de problemas, Paula só teve alegrias: deu à luz a pequena Alice

Paula Belmino, 33 anos, é pedagoga em São Paulo.

Conheci Reinaldo por acaso, por um meio de contato telefônico. Ele trabalhava num serviço de atendimento ao consumidor e a conversa acabou em paquera. Eu morava em Natal, no Rio Grande do Norte, e ele em São Paulo. Daí, a gente ficou namorando por cerca de quatro anos via internet. Troca de e-mails aqui, troca de mensagens instantâneas acolá, fui finalmente à capital paulista para conhecê-lo. Dois meses depois descobri que estava grávida de um menino!

A notícia nos encheu de alegria porque a gente queria muito ter uma criança. Os preparativos para o enxoval do bebê começaram logo de cara. Mas tive de voltar à minha cidade porque dava aulas numa escola potiguar. Por causa do trabalho, Reinaldo ia a Natal pouquíssimas vezes. Assim, ele teve de acompanhar grande parte da gestação por meio de fotos e pela internet.

Os nove meses transcorreram superbem até que comecei a sentir as primeiras dores. Devido a complicações na hora do parto, a criança não resistiu. Fiquei arrasada, mas resolvi ir em frente. Dois meses depois, eu me mudei para São Paulo para recomeçar minha vida ao lado do meu marido. Resolvemos passar o réveillon de 2005 no interior de Minas Gerais. Mas sofremos um acidente na estrada. Devido às seqüelas do desastre, minhas condições físicas ficaram limitadas, e isso dificultava uma futura gestação.

Cheguei a desistir de engravidar novamente. Mas ser mãe ainda era meu maior sonho. Um ano depois, com todos os traumas superados, descobri que estava grávida. Mesmo com as minhas limitações, lutei até o fim para que a gestação da minha filha ocorresse sem problemas. Valeu a pena. Alice está hoje com 2 anos. Acredito que tudo por que passei teve um propósito e aprendi que o amor e os nossos sonhos não podem ser deixados de lado. O que era pra ser trauma e dor hoje é superação – e muita alegria.

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Depoimento editado no site Bebe.com, retrato de uma luta vencida, de uma gurra ganha, de uma alma salva:Eu venci, sou mãe e tenho minha filha nos braços e dentro do meu coração