Violência contra a mulher

Sexualidade o caminho da desconstrução para a construção do ser saudável.

Compreender as formas e condutas de relacionamento que definem o significado de ser homem ou de ser mulher na sociedade é sem dúvida um passo importante para descontrairmos valores pernisivos a saúde humana na busca constante de construir uma sociedade saudável.

Ainda temos uma sociedade onde os valores de gênero estão vinculados aos órgãos genitais, esquecem de valores como respeito, sensibilidade, dignidade, responsabilidade, fidelidade. Falar que um homem é sensível e ouvir que o mesmo é “boiola”. A delicadeza, transparência dos desejos e comportamentos são compreendidas como fraqueza para alguns grupos de homens independentes de classe sócio cultural. No entanto as mulheres carinhosas, meigas, dedicadas, compreensivas são desejadas por grande parte dos homens, esquecem que as mulheres também desejam esses sentimentos por parte dos homens.

As mudanças ocorridas na economia mundial proporcionaram uma nova postura da mulher em todos os seguimentos sociocultural. A partir de 1960 principalmente a mulher vai a busca de seu espaço libertando das amarras históricas e defrontando-se com problemas antigos e modernos.

Com o objetivo de melhorar sua qualidade de vida busca a educação (é crescente o número de mulheres estudando e se qualificando), surgindo alguns impedimentos por parte de pai, namorado, ficante, amante e marido. Seja por “proteção”, ciúme ou pelo simples fato da independência econômica da mulher. Visões conservadoras de que a mulher não pode trabalhar fora, pois só serve para pilotar fogão. Que seu lugar é dentro de casa cuidando dos filhos.

Na área da educação o processo repressivo exercido pelo homem é um fator muito forte do abandono escolar feminino. Não precisa estudar para se casar. Não quero você estudando a noite. Não quero você conversando com nenhum homem. Monitorando a mulher pelo celular quando está na escola. Levando e buscando na porta da escola. São mecanismos machistas que deixam a mulher constrangida.

Estes comportamentos estão diminuindo, porém ainda existem e com maior freqüência nas classes menos privilegiadas.

O crescimento individual de cada parceiro é visto como competição provocando vários transtornos que crescem em forma de espiral, atingindo toda a família. Casos comuns estão ligados ao salário maior da mulher em relação ao seu parceiro ou ao grau de instrução. Situações que muitos dos homens não aceitam e que piora quando ficam desempregados.

Na cabeça de certos homens, ser sustentado por mulher é injustificável. Não colabora em outras atividades da casa ao ficarem desempregados. Ao sair em busca de emprego e não conseguindo aumenta seus conflitos internos. Sua baixa estima associada ao orgulho lhe empurra para a rua. Aumenta os riscos de atração por drogas licitas e ilícitas, agravando a situação. Por se sentir rejeitado, rejeita a mulher, cria vários desentendimentos, e parte para as agressões verbais, físicas, morais. Envolvendo toda a família.

São muitos os estereótipos quanto aos diversos trabalhos e profissões na qual a mulher realiza. Ao perguntar que tipo de trabalho a mulher pode exercer fora de casa aos adolescentes as profissões a nível intelectual variavam de comunidade para comunidade.

Em certas entrevistas as atividades como: Faxineira, Diarista, Baba, Passadeira, Manicure, Frentista, vieram de imediato, ficando claro a baixa visão social da mulher. Em contra partida em outras entrevistas no mesmo espaço físico esta visão é completamente diferente, foi enfatizada as seguintes profissões: Advogada, Delegada, Policial, Professora, Médica.

Direcionando o foco das atenções para as relações de trabalho ficou claro os pré-conceitos, estereótipos, abusos e violências que sofrem as mulheres no mercado de trabalho. Desde assedio visto como moeda de troca por atividade sexual, passeios, roupas, maiores salários, cargo e até relacionamentos extra conjugais.

Estas modalidades de violência contra a mulher trazem conseqüências imediatas e de longo prazo no local de trabalho e nas famílias envolvidas. Assinalando que a relação e as conseqüências entre as pessoas vai além do espaço físico do trabalho.

Devemos buscar uma nova e justa mudança de nosso olhar.

Rosevel

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Rosevel
Enviado por Rosevel em 26/09/2008
Reeditado em 16/02/2013
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