Cacife pra Cachorro!
Para entrar em qualquer jogo, é necessário um valor; espécie de calção garantidora do pagamento da “moeda-semente”. Em tese, as fichas apostadas serão perdidas ou multiplicadas, dependendo do acerto.
Atualmente, algumas empresas estão investindo “pra cachorro” em um monte de nada. Palestrantes excelentes sim, são contratados para imbecilizar os já tão atordoados empregados. Não vou nem chamar de funcionário, posto que este último vocábulo envolve alguma estabilidade, comprometimento e respeito, por parte da corporação, que esqueceu de ler no dicionário o significado da palavra reciprocidade, embora a invoque diuturnamente. Vale ressaltar que as empresas que me refiro possuem seus nomes escritos com letras minúsculas, estando evidentemente as boas Companhias fora desse comentário.
A empresa precisa “cacifar” os empregados, investindo em palestrantes com enfoques não “abilolantes”, mas que agreguem competências aos jogadores, com scripts que os habilitem profissionalmente, incentivando-os com compromisso e responsabilidade, a unir forças para crescer e prosperar juntamente com a organização.
O cacife, dizem os entendidos, foi recentemente usado pelos americanos para “deslascar”: a seguradora “AIG - American International Group”, o banco Limão Brothers e o Washington Mortal. O Bank of America, deu ração ao Merryl Relincha, salvando-o da concordata. Se não o fizesse, o Banco Cavalo (Lloyds - “logotipado” pela figura de um onagro), com prazer hospedaria em sua cocheira de ouro, o outro muar das finanças.
Pronto! A bolsa de Nova Iorque NYSE - New York Stock Exchange, que uma semana atrás, quase precisou pedir dinheiro ao nosso presidente Polvo, agraciada com Cacife pra Cachorro, latiu outra vez forte, dispensando as migalhas do pré-sal. O presidente Arbusto (Bush em inglês), bancou o jogo. Abanando o rabo, comemorou com o candidato Mal Caím e Sara Pálida, o “acaçapamento” de Obama no Burako. A felicidade de Sabugo Chaves demorou pouco, “woloco”!
-- Pombas! Diz você. Afinal, o que é Cacife pra Cachorro?
Olha só! Quando você tem poder de ao mesmo tempo, provocar incêndio e apagá-lo, seu silêncio permitirá que a carruagem siga e seu latido, travará as rodas e imobilizará as bestas, parando por completo o carro.
Para meu amigo Bob, empresário do ramo de informática, a palavra cachorro simboliza abundância. Quando vendemos quase um navio de software para um estaleiro ele disse:
-- Gilberto Landim: Você ta vendendo pra cachorro! Comemoremos com uma festa, mas antes diga onde quer almoçar, escolha o restaurante.
Sem graça, levantei meu pescoço de vira-lata e perguntei:
-- Bob. E você acha que eu tenho cacife pra isso?
O feliz empresário, com olhar de amizade, numa expressão de bondade canina, embelezou ainda mais sua excelente voz, bradando:
-- Au-au! Cacife pra Cachorro!