Cadê a ética?!
Vive-se num mundo de pessoas egocêntricas, em que a opinião e o bem-estar do próximo não significam nada. Jesus Cristo, já no primeiro século, frisou que o segundo maior mandamento de Deus para a humanidade era “amar o próximo como a si mesmo”. Ele na sua sabedoria identificou, nas relações humanas, o descaso dos nossos antepassados com o “outro”. Numa sociedade em que pessoas se preocupam somente com elas próprias, procurando realizar suas vontades sem se importar se isso afetará negativamente aqueles que estão ao seu redor; há uma urgente necessidade de se falar sobre ética.
Parte da filosofia que estuda o comportamento humano à luz dos valores e prescrições que regulam a vida das sociedades, a ética precisa ser aplicada pelos membros de uma sociedade. Pois ser ético é fazer algo que beneficie a si mesmo e, no mínimo, não prejudique o “outro”.
Numa sociedade corrupta, caída e marginalizada, em que políticos desviam verbas públicas, policiais se associam com bandidos, pastores enganam suas ovelhas, homens e mulheres são infiéis no relacionamento conjugal, etc., precisa-se saber sobre o que é moralidade; precisa-se de princípios morais, os quais podem gerar uma relação sadia. Já que saberão escolher levando em conta o interesse da maioria da sociedade. Essa prática é descrita por Eugênio Bucci, em seu livro sobre Ética e Imprensa.
O conto A nova Califórnia, de Lima Barreto, ilustra bem a conseqüência maléfica de uma sociedade que não exercitou a ética; cujos princípios morais, religiosos, tradições, respeito aos antepassados e imagem pública foram deixados de lado por causa do egoísmo e possibilidade de riqueza fácil.
O homem vive em sociedade; convive com outros homens; portanto, cabe-lhe pensar e responder à seguinte pergunta: “Como devo agir perante o outro?”. Se aplicássemos a ética poderíamos ter um mundo melhor de se viver, mais humano, correto, amável, sem tanta carnificina.