"FAZER VALER A PENA"

Na plenitude da vida somos chamados pelos sinais de Deus, a manifestar em forma de obras e de sentimentos a sublime dádiva de sermos feitos a sua imagem e semelhança.

A situação que se sucede em nosso dia a dia, num determinado momento nos afasta do propósito para qual fomos criados.

Ao longo da historia a humanidade sempre demonstrou uma capacidade enorme pra amar, assim como pra destruir. Em muitos momentos a capacidade de destruição se sobressai, não que ele seja maior, ou mais importante, é que ela faz mais barulho, se coloca em evidência, portanto chama mais atenção.

Li uma vez que o homem bom tem que ter a ousadia dos maus. E é exatamente isso que esta faltando a todos os homens de bem.

As mazelas da humanidade que tanto nos aflige, não podem servir apenas como imagens de espanto e desagrado, mas sim motivação de transformar a indignação em atos práticos de mudanças.

A transformação da qual o homem necessita passa primeiramente pelo interior de cada um de nós. Não adianta usar todas as tecnologias disponíveis, se ao usá-las não colocamos a dignidade da pessoa humana como primordial.

Sabemos que a na rotina em que vivemos vivenciar o amor em toda sua plenitude é acima de tudo um exercício diário de se colocar aberto aos desejos do pai.

Chamam de sonhador todos aqueles que não fazem da lógica sua bússola, aqueles que não se dobram a dor; por mais que ela doa, aqueles que não acreditam no caos, que não aceitam a injustiça.

Sonhadores é todos que tentam fazer da vida, do mundo, um lugar em que a fome seja peça de museu, que a exploração de nossos jovens e crianças não passe de ficção, que as denominações religiosas não tenham poder sobre ninguém, apenas conduza as ovelhas para o encontro final com o nosso pastor.

As catástrofes que temos noticia não são apenas coisas da natureza, é também conseqüência do desleixo e do uso inconseqüente da riqueza que recebemos de graça.

Ser imagem e semelhança de Deus é a arma que temos para fazer na pratica aquilo que sonhamos e acreditamos.

Somos aquilo que acreditamos ser, portanto, façamos das nossas vidas algo que valha a pena.