Você precisa ler jornais?
“Eu não preciso ler jornais, mentir sozinho eu sou capaz”
Saudoso Maluco Beleza, tua capacidade de mentir é a coisa mais bem distribuída entre nossos compatriotas. Pena a tua lucidez não ter sido difundida de forma semelhante.
Enquanto os colunistas de jornais procuram algum problema para poder criticar o governo, Lula bate recorde de popularidade. E não digam os bem informados colunistas que tal popularidade provém apenas dos menos escolarizados. Partes expressivas da população do sudeste e pessoas com nível superior aprovam o governo do ex-metalúrgico.
A que devemos atribuir tal popularidade? Será que os colunistas perceberam que os pobres agora podem consumir? Será que é pelo crescimento econômico, pela manutenção da estabilidade, pelo aumento de empregos formais, por milhares de pessoas terem deixado de serem miseráveis?
Certamente o articulista chinfrim deve ter reduzido o número de viagens ao exterior. Provavelmente não troca de carro todo ano e na pior das hipóteses seus filhos estão na escola pública. Mas a classe-média fala. Diz um bocado de besteiras nos jornais de grande (in)expressão e nas revistas semanais de (des)informação.
Sempre relacionei jornalismo com um falar leviano, um jeito de expor pontos de vista da maneira mais superficial possível, um tipo de informação para idiotas, pois para ter sua opinião formada por tais veículos é preciso ser mesmo um grande imbecil.
Se nos grandes centros há esse tipo de irresponsabilidade no ato de informar, há toda essa manipulação da notícia, esse sensacionalismo, essa sanha de vender a qualquer preço, o que diremos dos rincões desse Brasil afora? Percebi que há lugares onde alguém semi-alfabetizado é colunista de jornal. Imaginem qual será o critério para escolher essas figuras? Colloridas essas terras, colloridas!
Citei sobre a aprovação do nosso presidente por pessoas com nível superior e do sudeste, mas apenas citei, reproduzi o que li. Não pense o leitor que ter nível “superior” significa algum tipo de intelectualidade intrínseca ao portador do diploma. A maioria dos universitários e dos já formados são bastante medíocres, ainda mais que maioria da população, pois tiveram acesso e possibilidade de aprender a pelo menos pensar por si. Mas invariavelmente apenas repetem a mesmas bobeiras de sempre.
Esse discurso classe-média mainardiano padronizado, que insiste em criticar de maneira vazia, hipócrita e que não pondera as realizações de nossa república é recheado de falácias. Não é um discurso verdadeiro, mas tendencioso. Não pretende informar, mas influir. Tolo é aquele que acredita nas mentiras e nas críticas desses pretensos colunistas. Eles prestam um desserviço à nossa nação.
Caro leitor, reconheça o artigo já pelo título, quando ele for sensacionalista, ou lhe cheirar a marketing, desconfie. Tal desconfiança o livrará de ler um monte de besteiras e lugares-comuns. Alguns já no título dão impressão de pão dormido. É uma pena os jornais e revistas desse país serem tão pouco úteis. O falar de seus colunistas é totalmente desnecessário, não acrescenta nada. Dessa perspectiva, é bom que apenas uma minoria leia essas porcarias.