Para falar de trânsito.

Quando ouvimos alguém pronunciar a palavra trânsito, lembramos do guarda, das crianças atravessando a rua na frente da escola, de carteiras de motoristas, mas principalmente nos ocorrem as palavras violência e acidentes.

Mas em que momento o trânsito passa a ser violento? A partir do momento em que se torna uma arma letal sob os cuidados dos condutores. E quando ocorre um acidente? Acidente é algo que provocado sem intenção, por imprudência, descuido, pressa, falta de atenção e raciocínio, falta do que chamamos de consciência do momento. Ele ocorre sempre que uma pessoa se comporta conforme os quesitos acima citados.

O que faz o trânsito ser violento e causa os acidentes, comumente, é a falta de preparo de alguns motoristas. Talvez não quanto à sinalização e a própria direção, mas sob o aspecto em que o tráfego de veículos é estrita e inteiramente dependente da atuação do condutor; refiro-me que a grande responsabilidade em cuidar da vida enquanto tráfego, está nas mãos e nos pés de quem dirige.

A imprensa se encarrega de divulgar as somas das mortes em cada feriado; todas elas assustadoras tantos nos dígitos quanto na maneira como ocorreram. Muitas dessas perdas poderiam ser evitadas se as rodovias dispusessem de boa sinalização e boa infra-estrutura para promover a locomoção das pessoas. Infelizmente esse item depende diretamente de autoridades que vão atropelando o assunto e fazendo de conta que todos trafegam por estradas de “tijolos amarelos”,sem buracos, com pistas largas e acostamentos.

Quem assina a boa formação dos condutores são os pais, as escolas e por fim os Centros de Formação de Condutores (CFCs) que transmitem a teoria e a prática. Sobre a teoria, uma pessoa com firmeza de índole, saberá interligar com as outras lições que obteve no decorrer da vida, terá atitudes sensatas e respeitadoras ao dirigir.

Quanto às boas condições das estradas, apesar de depender do aval de políticos, muitas vezes corruptos, para acontecerem,antes de tudo cabe ao povo na hora da eleição, pensar quem elegerá como responsável por suas vias de tráfego. A preferência é dar poderes a quem se mobilize com essa questão e que tenha plena consciência de que a cada acidente com vítimas no trânsito, morrem eleitores.

Realmente a circulação de veículos de passeio e de transporte se dá sob a direção de pessoas, as quais devem respeitar além dos limites de velocidade e da sinalização, as suas vidas e as dos demais. E muitas vezes as autoridades passam pelas estradas esburacadas, fingem quem percebem, mas não fingem que se envergonham pelo fato. Precisamos lembrar do guarda, das crianças atravessando a rua na frente da escola e ironicamente, lembrar que depois da curva...tem buraco.