Cidadania universal
Os recentes Fóruns de discussão internacional, realizado na Suiça e no Brasil (mais precisamente em Porto Alegre), noticiados amplamente pela mídia, abre uma perspectiva e discussão interessante para a vida no planeta: a cidadania universal.
Seria a garantia de livre expressão e movimentação do cidadão, sem os excessos de rigores fronteiriços, não importando o lugar do planeta onde se encontrasse.
Claro que, no momento, a humanidade não está preparada para isso. Os excessos de todo gênero, abusos da liberdade e desrespeito pelos direitos do próximo (seja lá quem for e em todos os sentidos), impedem ainda a plena movimentação e livre expressão dos indivíduos pelos diversos países. Isto porque a noção de ética, comunicação, valores morais, conceitos religiosos e mesmo o domínio de nações mais poderosas sobre outras, colocam barreiras imensas a esta nova perspectiva.
Todavia, a chamada globalização, com seus prejuízos e benefícios conseqüentes, aliada aos avanços da tecnologia – especialmente através da Internet com todos os seus avanços possíveis e perspectivas – está levando a uma situação que tende a esta cidadania universal.
Claro que os países e seus naturais hábitos e costumes, não se perderão. Também será impossível imaginar um único proceder para todos os lugares do planeta. Isto é impossível. Todavia, a mentalidade humana está amadurecendo para aceitar este intercâmbio com naturalidade, sem os excessos dos rigores entre fronteiras.
Quando houver mais ética, mais respeito pelas leis e pelo próprio ser humano, sem os abusos de poder ou manipulação, isto será sim, viável. Não é utopia. É realidade que se aproxima.
Sim, se aproxima, porque não há como impedir o progresso. Os habitantes do planeta muito amadurecem com as experiências vividas e percebem que o intercâmbio de idéias, de riquezas ou valores intelectuais, tecnológicos e morais, é salutar para todos, pois se completam...
Por isso é importante o diálogo ao lado do respeito pela diversidade. Cada pessoa, assim como cada povo, deve ser respeitada integralmente. Nenhum valor pode ser desprezado, pois todas as conquistas somam para a felicidade humana, o progresso e a harmonia interior.
Estamos no planeta para o crescimento mútuo, devendo-nos, uns aos outros, individual ou coletivamente (considere-se aqui as diversas nações), o intercâmbio das mútuas conquistas.
É motivo, pois, de muito júbilo, verificar iniciativas que discutam posições, reavaliem possibilidades, derrubem paradigmas ultrapassados e tracem novas metas que tragam a felicidade para todos. O mesmo pode ocorrer em nossas cidades ou individualmente, quando nos dispomos a rediscutir o próprio posicionamento frente aos desafios do cotidiano.