“O ANALFABETO POLÍTICO”
O dramaturgo e poeta Bertold Brecht – alemão, morto na segunda metade do século passado – nos deixou um texto crítico e emblemático que se lê que o pior analfabeto é o analfabeto político. Este não quer saber o preço do feijão, do arroz e o aumento do custo de vida. O analfabeto político é tão analfabeto e burro que imagina o todo poderoso, odeia a política, muito mal informado, e abre a boca até no canto e pronuncia que não gosta de política. Ele não participa dos acontecimentos políticos. Tal “cidadão”, então, mal sabe ele, que está contribuindo para o aumento da corrupção, da fome, degradação do meio ambiente, da péssima saúde – mortes de crianças inocentes por doenças que deveriam ser erradicadas. Todos esses fatos lamentáveis ocorrem devidos às decisões políticas.
O analfabeto político, segundo Bertold Brecht, “não sabe o imbecil que é, que de sua ignorância política nasce o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, corrupto e lacaio dos exploradores do povo”.
Contribui também, esse analfabeto político, para o aumento do trabalho escravo; para prostituição de menores que, por direito e dever do Estado, esses menores deveriam freqüentar as melhores escolas; para o abandono do patrimônio histórico; para o fim das tradições culturais; à violência generalizada nesse mundo globalizado.
A responsabilidade é tão somente desse político inescrupuloso?
O “cidadão” que vota por interesse financeiro momentâneo contribui definitivamente para o empobrecimento da qualidade de vida de toda uma comunidade.
Portanto, por quê as pessoas de bem não ingressam na política para mudar de vez esse estado de coisas depraváveis?, que acontece em todo o território brasileiro, nas instituições: Câmaras Municipais; Prefeituras; Assembléias Legislativas; Governos Estaduais e no Congresso Nacional: Camara dos Deputados Federais e o Senado Federal.
Os profissionais liberais de todas as áreas e cidadãos conscientes, de senso crítico e formadores de opiniões, não suportam mais políticos passageiros – carismáticos mentirosos. Aliás, a forma correta de fazer política nos dias de hoje muito mudou!
O bom político brasileiro – fato raro em nossa sociedade –, que se aperfeiçoa com um discurso inovador, com essência, com conteúdo e, sobretudo, com ATITUDE, está fazendo o diferencial e esse sobrevive. O político brasileiro carismático mentiroso (que é fácil de ser), sem essência e sem conteúdo está com os seus dias contados e a revelação deste fato está nas urnas eletrônicas, porque o eleitor cada vez mais perspicaz também acompanha os bons fluídos dos políticos transparentes.