O deus da guerra e a fundação de Roma
Considerado o deus da guerra, Ares era filho de Hera e Zeus, mas não era muito popular entre deuses e humanos, pois personificava a natureza brutal da guerra e era agressivo e sanguinário. Suas características contrastavam com as dos outros deuses, há poucos santuários e relatos sobre ele. Os atenienses consagraram-lhe o rochedo próximo à Acrópole chamado Areópago, porque nesse monte foi instalado um tribunal para julgá-lo por ter matado um filho de Poseidon. O mesmo lugar depois serviu de cenário a vários tribunais humanos.
Ares não se importava com a causa de uma guerra, mas pelo combate em si, diferente da irmã Atena. Embora tivesse nascido armada e pronta para a batalha, a guerra patrocinada por Atena era motivada por um ideal honroso, feita com inteligência e utilizada como último recurso. A deusa era estrategista e lutava do lado de quem estivesse com a razão. Ares e Atena não se gostavam e viviam em confronto. Ela sempre ganhava. Pela sua crueldade, muitos contaram que Ares provinha dos trácios, que os gregos consideravam desprezíveis e bárbaros. Ares estava sempre acompanhado pelo Medo, Terror e Discórdia, personificados por seus filhos Fobos, Deimos e Éris.
Entre os olímpicos, a única que o amou foi a deusa do amor, Afrodite, casada com o artífice Hefestos. Quando o marido saía, Afrodite e o amante se encontravam. Um rapaz tomava conta e os avisava antes que Hélio, o deus-Sol que tudo via, se aproximasse. Uma vez o rapaz dormiu e não viu Hélio surpreender os amantes. Para se vingar, Hefestos preparou uma rede indestrutível com a qual prendeu Ares e Afrodite. Hefestos chamou todos os deuses para testemunharem o adultério. Quando ficaram livres, Ares retornou à Trácia e Afrodite foi para a Ásia Menor.
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Solange Firmino
Texto completo na coluna Mito em Contexto, em Blocos online:
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