O circo da política brasileira...
O circo da política brasileira...
O melhor que se tem a fazer, quando se discute política no Brasil é rir do grande circo armado em Brasília, onde desfilam no picadeiro figuras realmente hilárias, o que dizer, por exemplo, do Sr. Marcos Valério, alguém tinha ouvido falar nesse nome antes do escândalo? No entanto era o homem forte do governo, com aquela carequinha lustrada dele, estava enchendo o bolso à custa do dinheiro publico.
O Zé Dirceu, que protagonizou um dos episódios mais longos de cassação da política brasileira, daria até filme “Duro de cassar” negociador de primeira, quase mágico, que continua agindo na penumbra e agora até a venda da Varig passou pelo seu crivo. E os dólares na cueca, onde estão o Zé Genuíno e seu irmão corrupto e corruptor? E o deputado falastrão com 10 milhões na mala, dinheiro de doações dos fiéis da Igreja Universal, livres de impostos, de confiscos, que malabaristas financeiros esses bispos da Universal, por falar nisso vá ter fiéis bons de doação assim lá em Brasília. E o que dizer da ilustríssima deputada Ângela, com aquela cara de Madalena arrependida, depois de ter protagonizado uma cena grotesca no plenário da câmara, só faltou puxar o presidente da sessão pra emendar o forrózão. E o que dizer do bispo Rodrigues, com aquela cara de galã de novela mexicana, que comandava juntamente com alguns amigos íntimos a máfia das ambulâncias. E os deputados do mensalão, uns recebiam 50 mil, outros 400 mil, tinha o Vadão, o Magno que parece ser o mago do espetáculo, o Professor e até o Mentor, que nome sugestivo não, Mentor, só no Brasil mesmo.
O Roberto Jéferson que já foi até aliado de Collor e que nos fez rir com os seus instintos mais primitivos, depois de tudo e mais um pouco, está aposentado, ganhando uns trocos por mês já que ao longo da vida política deve ter amealhado uma fortuna que três gerações de sua família ainda não poderão gastar, ainda virou ídolo, dando show em televisões e entidades, sabe-se lá o que está ensinando, nem me arrisco a tentar saber.
No meio disso tudo temos um governo indiferente, CPIs inoperantes, uns advogados que fazem parte do esquema e um supremo condescendente, quer dizer ta tudo em casa, enquanto isso rolam as pedras, reelegem-se os mesmos políticos e tudo continua como sempre esteve no país das maravilhas, onde falta dinheiro pra tudo, menos pra promover o espetáculo do crescimento, mas do crescimento da fortuna dos políticos.
Adilson R. Peppes