"Política, Verdades, Mentiras e Corrupção" - ( Parte XI )

Corrupção na Igreja – Abusando da Fé das Pessoas

No Feudalismo os Senhores Feudais eram detentores e proprietários das terras.

Os servos viviam do cultivo e do plantio nas terras desses Senhores.

Eram explorados ao máximo em seus trabalhos, ficando com poucos frutos daquilo que colhiam ou produziam; o mínimo para sua sobrevivência.

A Igreja Católica que conseguiu herdar muitas dessas terras tinha também amplos poderes sobre os pobres e miseráveis daquela época.

A Igreja por fazer parte de uma elite dominante, conseguia impor-lhes através de falsas doutrinas e ensinamentos religiosos distorcidos uma subserviência aos nobres.

A Igreja conseguia exercer assim um importante papel político. Nos sermões os padres faziam as chamadas lavagens cerebrais naquelas pessoas humildes e acima de tudo ignorantes.

É claro que você não precisaria ter vivido naquela época para entender do que estamos falando. Basta comparecer as muitas dessas Igrejas modernas que existem por aí hoje em dia para observar como a história se repete.

Conta-nos, também, o excelente livro de história que eu li e que me inspirou a escrever este conto para vocês que, entre 1492 a 1503 reinou um Papa com o nome de Alexandre VI. Este Senhor que se elegera de uma maneira fraudulenta, foi considerado um dos mais terríveis Papas que a Igreja Católica já teve. Maquiavel teria dito o seguinte quando da morte deste salafrário: “Que sua alma iria até Deus escoltada pela crueldade, pela corrupção e pela luxúria”.

Na época do Renascimento a corrupção e a picaretagem eram enormes na Igreja Católica.

O povo era iludido na sua ignorância. Os padres, os bispos, enfim a Igreja, acumulavam riquezas e os pobres, coitados, permaneciam mais pobres. Vendia-se de tudo, desde relíquias até objetos tidos como milagrosos. Iam desde pedacinhos da cruz, onde teria sido crucificado Jesus Cristo até pedaços da tíbia do jumento que havia carregado Jesus durante sua peregrinação na terra.

Vendiam-se indulgências, isto é, perdão dos pecados. As pessoas pagavam e recebiam um atestado de que estariam absolvidas de seus pecados.

Isso é mais ou menos parecido com a picaretagem que é usada até hoje por muitas Seitas e Igrejas nos nossos dias atuais. Hoje em dia, a maracutaia é a seguinte: “Quanto maior a contribuição, maior a graça alcançada”.

As pessoas trabalham, dão um duro desgraçado, se privam até de algumas coisas essenciais em suas vidas, mas por uma ignorância sem tamanho, são convencidas a fazerem suas contribuições para as Igrejas Universais por aí existentes, em forma de grana viva colocada no sacolão que são passados pelos obreiros ou ainda em forma de dízimos periódicos.

Em outros templos religiosos as pessoas ao entrarem também no que seria “A Casa de Deus”, são convidadas e quase que obrigadas a recolherem na sacolinha alguma grana também.

O fato é que isso me faz lembrar que, alguns anos atrás, quando minha avó materna ainda era viva, certa vez apareceu uma mulher carregando três filhos pequenos pelas mãos, um no colo e mais um outro na barriga. Bateu palmas na nossa porta, pedinte que era, e formou-se o seguinte diálogo:

A negona pedindo esmolas, disse: Moça! A senhora pode dar uma ajuda pro menino Jesus?

E minha avó, Pernambucana arretada, que não costumava levar desaforos pra casa e muito menos ouvir lorotas, respondeu-lhe:

Vem cá minha filha! Que leite o menino Jesus toma? É leite ninho ou leite glória?

Ora me deixe! Vá arrumar o que fazer. Vá procurar um tanque de roupas sujas pra lavar, pra ganhar algum dinheiro, ao invés de ficar fazendo filhos por aí e botando na rua pra pedir esmolas.

Observe que, quanto mais pobres, ignorantes, necessitadas e cheias de filhos, mais fáceis se tornam essas pessoas nas mãos da Igreja e dos políticos.