FURTO E ROUBO DE VEÍCULOS
Por que se furtam e roubam tantos veículos neste nosso país?
Admito que a primeira resposta seja óbvia: Porque existem veículos disponíveis.
A segunda resposta, também é óbvia: Por que existem ladrões.
Mas temos muitas outras respostas que também são obvias, basta procurá-las.
Uma, talvez a principal: Roubam porque tem quem compra o produto.
Quase todo dia vemos nos noticiários a descoberta de desmanches e são mostradas as partes de carros e caminhões novinhos que estão sendo desmanchados para serem vendidos em pedaços. Carros e caminhões que custaram o suor dos seus compradores são vendidos por ninharias, mas que representa grande lucro para quem não pagou nada por eles. Para muitos são suas ferramentas de trabalho ou o sonho e a luta de muitos anos, que ainda nem foram quitados e seus donos estão e estarão trabalhando por muito tempo para pagarem os financiamentos. E andando a pé.
E quem compra? Para onde vão os veículos furtados ou roubados? Paraguai? Para os falsificadores que “clonam” e ou regravam os chassis? Para os desmanches e quem compra destes?
Por que não dão um tempo, (um ano? Dois? Cinco?...) e fecham todos os ferros velhos, comércio de peças usadas e recondicionadas, deste Pais, para ver o que acontece? Peça velha tem que ser fundida virando matéria prima, aço para novos produtos, até mesmo novas peças.
Dirão que irá gerar desemprego. E irá mesmo, principalmente para os ladrões e seus “clientes”.
NÃO ACUSO NINGUÉM EM PARTICULAR E INDISCRIMINADAMENTE. ATÉ CREIO QUE MUITOS SÃO TRABALHADORES HONESTOS, PORTANTO, TAMBÉM VÍTIMAS DO PERVERSO SISTEMA.
Tem ainda a falta de vontade política de resolver a questão.
Será que temos pelo menos uma autoridade ou um político, representante legítimo do povo no congresso brasileiro ou em qualquer lugar deste amado Brasil, com coragem e determinação política para levantar e sustentar esta bandeira? Acho que não.
Se proibissem o comércio de peças usadas, certamente diminuiriam os furtos e os roubos.
A violência também.
Diminuiria muito o trabalho das polícias que mudariam o foco das suas ações.
E com certeza, se tornaria muito mais barato o custo de seguro veicular.
E o principal: teríamos muito mais segurança e por conseqüência, tranqüilidade.
Podem estar pensando que tenho alto poder aquisitivo e que não compro peças usadas, de procedência duvidosa. A segunda premissa é verdadeira. Não compro nem peça nem nada que eu duvide da legalidade. E tenho um carrinho velho, Pálio com onze anos de uso, comprado de terceira ou quarta mão. E estou bem com ele.
“Sou pobre, mas sou limpinho”. E o meu carro também.
J Ferreira
03-09-08