SERMO 3 - O coração de Jesus

A devoção ao Sagrado Coração de Jesus é uma das expressões mais difundidas da espiritualidade cristã, tal como refere recentemente o “Diretório sobre a Piedade Popular e a Liturgia” da Congregação para o Culto Divino. Os Pontífices romanos têm salientado constantemente o sólido fundamento na Sagrada Escritura desta maravilhosa devoção. Para uma informação inicial, trata-se de uma devoção/adoração eminentemente católica. Os luteranos, um pouco secos para o meu gosto, não a cultivam. Os pentecostais (especialmente os da Assembléia de Deus) falam muito no poder do sangue de Jesus, mas não têm nenhuma referência ao Coração de Jesus.

Como conseqüência das aparições de Nosso Senhor Jesus Cristo a Santa Margarida Maria Alacoque († 1690) no mosteiro de Paray-le-Monial a partir de 1673, este culto teve um incremento notável e adquiriu a sua feição hoje conhecida. Nenhuma outra comunicação divina, fora as da Sagrada Escritura, receberam tantas aprovações e estímulos da parte do Magistério da Igreja como esta. Não tardou que fossem levantadas críticas e colocadas em dúvida as experiências místicas da religiosa, submetida às mais duras provações e intensas humilhações. Deus enviou ao mosteiro um santo sacerdote que, a princípio passou a estudar minuciosamente os fenômenos relatados. Posteriormente, se tornaria ele propagador e apóstolo do Sagrado Coração de Jesus. Seu nome: Padre Claude de La Colombière, que tornou-se santo por conta dessa devoção.

No último ano da sua vida, Santa Margarida teve a oportunidade de ver a propagação da devoção ao Sagrado Coração de Jesus; viu também um grande número de críticos e opositores tornarem-se fervorosíssimos divulgadores da santa devoção. Deus revelou-lhe o mistério da Santíssima Trindade, durante uma das suas aparições.

Na encíclica Haurietis aquas, de 15 de Maio de 1956, Pio XII salienta que é o próprio Jesus que toma a iniciativa de nos apresentar o seu Coração como fonte de restauração e de paz: “Vinde a mim, todos vós, que estais cansados e oprimidos, que Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. (Mt. 11, 28-30)

Não é por acaso que as aparições a Santa Margarida Maria aconteceram em um momento crucial em que se pretendia afirmar secularização (proeminência do Estado sobre a Igreja) e que a devoção ao Sagrado Coração apareceu sempre como o mais característico de todos os movimentos que resistiram à descristianização da sociedade moderna.

O culto ao Sagrado Coração esteve presente já no início da Igreja, desde a Cruz, onde este divino Coração foi aberto para os fiéis como um asilo inviolável, sacrário das divinas riquezas, que derrama sobre nós as torrentes da misericórdia e da graça. Os maiores santos de todos os séculos compreenderam o segredo desta devoção muito antes que ela fosse revelada de modo especial. A reparação Eucarística é uma característica fundamental nesta devoção, pelo que disse o próprio Senhor a Santa Margarida Maria:

“Eis aqui o Coração que a tal ponto amou os homens, que nada poupou, até esgotar-se e consumir-se, para testemunhar-lhes seu amor; e entretanto só recebo da maior parte deles ingratidões, pelas irreverências, sacrilégios, desprezo e tibieza com que me tratam no meu Sacramento de amor. O que me é ainda mais sensível, é serem corações que me foram consagrados, os que assim me tratam. Por isso te peço que se dedique a primeira sexta-feira depois da oitava do Santíssimo Sacramento a uma festa particular com o fim de venerar o meu Coração, fazendo-lhe ato de reparação, comungando-se nesse dia em desagravo pelas indignidades recebidas durante o tempo em que esteve exposto sobre os altares”.

Esta devoção está associada a inúmeras graças, reveladas a Santa Margarida nas “doze promessas” de Jesus.

1. Darei às almas dedicadas ao meu coração todas as graças;

2. Farei reinar a paz em suas famílias;

3. Eu as consolarei em suas penas;

4. Serei seu refúgio durante a vida, e sobretudo na hora da

morte;

5. Derramarei copiosas bênçãos sobre todas as suas empresas;

6. Os pecadores acharão em meu Coração a fonte e o oceano

infinito da misericórdia;

7. As almas tíbias se tornarão fervorosas;

8. As almas fervorosas se elevarão rapidamente a uma grande

perfeição;

9. Abençoarei os lares em que se achar exposta e for venerada

a imagem do meu Coração.

10. Darei aos sacerdotes o dom de tocar os corações mais

endurecidos;

11. As pessoas que propagarem esta devoção terão seus nomes

escritos indelevelmente no meu Coração;

12. O amor Todo-poderoso do meu Coração concederá a todos

os que, por nove meses seguidos, confessarem-se e

comungarem na primeira sexta-feira, a graça da

perseverança final.

Além dessas, há a chamada “Grande Promessa” da qual falaremos adiante. Há boas referências sobre o coração de Jesus no Novo Testamento:

Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu

sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as

vossas almas (Mt 11,29).

Do seu interior jorrarão rios de água viva (Jo 7,38; cf. Zc 14,8;

Is 58,11).

Há aqui uma vigorosa ligação do Coração de Jesus com a “água viva” do Espírito Santo.

Mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e,

imediatamente, saiu sangue e água (Jo 19,34).

Esta passagem é o símbolo místico da origem dos sacramentos da Igreja, e exemplifica também a profunda união mística do sagrado Coração de Jesus com o imaculado Coração de Maria na obra da Redenção. Essa união começou quando, pelo poder do Espírito Santo, Maria concebeu o Coração de Jesus em seu próprio Coração. Esse Sagrado Coração começou a pulsar no ventre de Maria, como eco às batidas de seu Coração Imaculado. O Coração de Jesus existe pelo consentimento da Virgem Santíssima na Anunciação. Foi o sangue de Maria que alimentou esse Coração Sagrado do Filho de Deus feito homem. Essa união de amor inefável é consumada quando, ao mesmo tempo, esses Dois Corações são imolados por nossa salvação. Quando o Coração de Jesus foi aberto pela lança do soldado, o Coração de Maria foi transpassado espiritualmente, cumprindo a profecia de Simeão (Lc 2,35b).

Todas essas passagens indicam claramente a admirável Aliança desses dois corações (como já citou João Paulo II), que trabalharam pela salvação do mundo: o Coração de Jesus, que sofreu a ponto de ser transpassado para derramar-se sobre todos os que nele crerem; e o Coração de Maria, sempre se voltando ao seu Divino Filho, Coração predestinado por Deus a sofrer com Jesus pela salvação da humanidade.

Com referência à imagem do Sagrado Coração de Jesus, eu tenho uma em minha residência. É uma pequena imagem de gesso, de mais ou menos um palmo de altura, que fica em um lugar de destaque na casa. Todos os anos, por ocasião do Natal a imagem é carinhosamente lavada e na noite do dia 24 vem para a mesa, como o ilustre e querido aniversariante.

A importância que a Igreja concede atualmente ao Sagrado Coração, esta sublinhada pela categoria de sua festa, solenidade de primeira classe, das quais há somente quatorze ao ano no calendário universal. Além disso, a festa de Cristo Rei, também solenidade de primeira classe, esta estreitamente unida à espiritualidade do Sagrado Coração. Pio XI declarou, ao instituí-la que Cristo é reconhecido como Rei, por famílias, cidades e nações, mediante a consagração a seu Coração. E determinou que em tal festa fosse renovada todos os anos a consagração do mundo ao Coração de Cristo. Onde principalmente se ensina aos fiéis a doutrina e a vida cristã, é na Missa. Pois, bem, o culto público ao Sagrado Coração, foi oficializado na Igreja em 1765 por Clemente XIII, ao introduzir sua festa litúrgica, com Missa e ofícios próprios.

Toda esta atitude litúrgica da Igreja tem a finalidade de estimular nossa prática cristã pondo especial interesse em celebrar sua festa: comungando, assimilando seus ensinamentos, utilizando as orações litúrgicas, a consagração, etc. Como dizia Pio XI na encíclica Quas primas (11/12/1925): “As celebrações anuais da liturgia têm uma eficácia maior que os solenes documentos do magistérios para formar ao povo nas coisas da fé”.

Na sexta-feira depois da oitava da festa do Corpo de Deus, a Igreja celebra a festa do Sagrado Coração de Jesus. De acordo com os desejos de Jesus, manifestados a Santa Margarida deve ser dia de reparação, pela ingratidão, frieza, desprezo e sacrilégios que muitas vezes sofreu na Eucaristia, por parte de maus cristãos, e às vezes até por parte de pessoas que se presumem piedosas e hierarquicamente designadas. Em todas as igrejas se fazem neste dia, solenes atos coletivos de reparação. Para estimular os cristãos e retribuir com amor tantas e tão grandes provas de amor do divino Coração de Jesus, dedicou à sua veneração, não só a primeira sexta-feira de cada mês, mas também um mês inteiro, o mês de junho.

No dia 16 de junho de 1675, durante uma exposição do Santíssimo Sacramento, Jesus apareceu a Santa Margarida Maria Alcoque e, descobrindo seu Coração, disse-lhe: “Eis o coração que tanto tem amado aos homens e em recompensa não recebe, da maior parte deles, senão ingratidões pelas irreverências e sacrilégios, friezas e desprezos que tem por Mim neste Sacramento de Amor”.

Quem é devoto do Sagrado Coração de Jesus? É devoto do Sagrado Coração de Jesus, quem ama a Jesus Cristo, imita suas virtudes; quem lhe faz reparação honorífica dos ultrajes que recebe e tudo isto, para corresponder ao amor que ele nos vota. Aos devotos a Igreja ensina que a adoração ao Coração de Jesus nasceu do fato de haver em Jesus duas naturezas, a divina e a humana. O coração que sofreu, que foi lançado e derramou sangue foi o humano. O coração divino foi o que amou, se entregou e foi fiel ao projeto do Pai.

Tem devoção ao Sagrado Coração de Jesus, quem considera o valor do amor que Jesus Cristo patenteou na sua vida, na morte e no Santíssimo Sacramento. E também quem considera os afetos, os sofrimentos da alma de Jesus Cristo, verdadeiro homem e verdadeiro Deus.

O Sagrado Coração de Jesus, na “Grande Promessa”, concedeu a inestimável graça da perseverança final aos fiéis. Pelo que se introduziu o exercício de devoções em sua honra na primeira sexta-feira de cada mês. Além da graça prometida, ganha-se uma indulgência plenária (Comunhão, reparação, oração e meditação sobre a infinita bondade do Sagrado Coração).

Jesus, portanto, quer que lhe demos amor e reparação pelas ofensas sofridas contra a Eucaristia, honrando e venerando o seu divino Coração. E como para nos sensibilizar a essas realidades, ele fez as magníficas “doze promessas” que já falamos, sobre a misericórdia do seu Sagrado Coração. Além das doze já enunciadas há também a “Grande promessa”:

“Prometo-te, pela excessiva misericórdia e pelo amor

todo-poderoso do meu Coração, conceder a todos que

comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses

consecutivos, a graça da penitência final, que não morrerão em

minha inimizade, nem sem receberem os seus sacramentos, e

que o meu divino Coração lhes será seguro asilo nesta última

hora”.

O papa Pio XI confiou aos católicos a tarefa de recristianizar a sociedade, estendendo e incrementando o Reino de Cristo. Para este fim introduziu a festa litúrgica de “Cristo Rei”, a ser celebrada anualmente no último domingo do mês de Outubro. “A celebração desta festa, afirmou o papa, constituirá também uma admoestação para as nações, de que o dever de venerar publicamente Cristo e de lhe prestar obediência, diz respeito não só aos particulares, mas também aos magistrados e aos governantes” ( Encíclica Quas Primas, cit., p. 343).

Na mesma encíclica há uma séria admoestação a respeito da indiferença de muitos (conferências, parlamentos, escolas e até Igrejas) que ignoram o Nome de Jesus Cristo: “Nesses ambientes, mais é necessário gritar bem alto e proclamar em todos os lugares os direitos de seu Poder de rei e sua dignidade”

Se observarmos bem o texto evangélico, notaremos a precisão do termo usado pelo santo evangelista João: “Um soldado, com a lança, abriu seu coração e imediatamente jorrou sangue e água" (cf. Jo 19, 33). Não é dito feriu ou perfurou, ou outro verbo similar, mas “abriu”, de tal forma que podemos obter por esta chaga aberta, a água que mata a sede eternamente, como falou Jesus à Samaritana. Ali nascia a Igreja.

Falando do amor divino, irradiado pelo Sagrado Coração de Jesus, São Boaventura, na pureza poética franciscana, nos exorta: “Levanta-te, ó alma amiga de Cristo. Não cesses a tua vigília, cole seus lábios neste Coração para aí haurires as águas das fontes do Salvador”. A festa do Coração de Jesus é para todos nós, santos e pecadores, um motivo para a esperança e paz.

Há um hino de ação de graças, muito antigo, da liturgia desta festa, no qual a Igreja canta que “deste coração aberto, sacrário da divina misericórdia, jorra-nos torrentes de misericórdia e de graça”. No coração aberto de Jesus brota a segurança e a paz para as almas puras e refúgio seguro para os pecadores penitentes.

Qual seria a razão para que se perfurasse o Coração de Cristo, já morto, quando a ordem de Pilatos mandava apenas que se quebrassem as pernas dos condenados agonizantes no suplício da cruz para assim apressar sua morte? O Papa Pio XII, na Encíclica “Haurietis aquas”, publicada em 1956, por ocasião do centenário da extensão da festa litúrgica a toda a Igreja, nos expõe com clareza teológica e pastoral este culto, ante a oposição de alguns que o julgavam menos adaptado às necessidades da Igreja uma “devoção sensível, não alinhada aos altos pensamentos e afetos”, não tão própria para as pessoas cultas. Uma devoção passiva que – segundo alguns – não ajudaria muito à defesa da fé e dos costumes cristãos em nossos dias. Para esses, Jesus disse: "Ah, se conhecesses o dom de Deus e aquele que te diz "da-me de beber, certamente lhe pedirias tu mesma e ele te daria uma água viva" (cf. Jo. 4,10).

Se pudéssemos sintetizar em uma frase o ensinamento dos papas exposto nas encíclicas, sobre esta devoção e culto, repetiríamos Pio XI na "Miserentissimus Redemptor": “Acaso não está contida nesta forma de devoção, o compêndio de toda a religião e mesmo a norma de vida mais perfeita como que ele guie mais suavemente as almas para o profundo conhecimento de Cristo Senhor nosso e com maior eficácia as mova a amá-lo mais apaixonadamente e imitá-lo mais de perto?".

A essência da religião é o amor. A fé e a esperança vão passar, ensina o apóstolo Paulo. A caridade/amor não. (cf. 1Cor 13,8). O relacionamento com Deus pela fé e pela esperança, enquanto estamos nesta morada terrestre, nos conduz a três realidades, à vida, ao amor e à comunhão: ao ágape de que nos fala Bento XVI (cf. Deus charitas est). Trata-se da vivência pascal do dom de Deus em seu Filho que deu a vida por nós e ressuscitou, perenizado misticamente na Eucaristia.

A pregação apostólica culminava na proclamação do amor de Deus através do seu Cristo. O mesmo apóstolo reconhecendo-se o menor de todos os apóstolos para proclamar toda a riqueza e dimensão deste amor, de joelhos, rogava para que Deus nos desse a conhecer a profundidade deste mistério que nos foi revelado (cf.Ef 3,8-19) no tríplice amor do Redentor para com o gênero humano, divino, espiritual e sensível. O amor que exala das páginas do Evangelho não compreende só a caridade divina, mas também a sensibilidade e o afeto humano. O Verbo de Deus se fez carne em tudo semelhante a nós exceto no pecado.

Ao olharmos o Coração transpassado de Cristo, nele sentimos o amor de um homem que se entrega por nós e que merece ser amado. O mesmo São Boaventura exclama que “para isso foi ferido o teu coração, para abrires uma porta e aí entrarmos, e libertos do pecado, com amor aí permanecer. Quem não ama tão grande amante?” Da sua chaga visível somos levados á chaga invisível do amor. Ao vê-lo assim na cruz, com o peito sangrando, será que ainda temos coragem de não amar e de seguir no pecado?

Ao amor que transborda do Coração de Jesus por obra do Espírito Santo, e se difunde em nossos corações, entoa São Paulo (cf. Rm 8,35) um hino que expressa o êxtase de seu espírito e que também é o nosso canto de exultet: “Quem nos separará do amor de Deus? Nada nos separará do amor de Deus que está em Cristo, nosso Senhor”.

Por isso, ao encerrar, e julgando falar por todos, contemplando o Sagrado Coração do Jesus, quero colocar todas as nossas intenções, súplicas, louvores e agradecimento, confiando a ele o esforço desta Igreja que quer caminhar na fé, repartindo o pão e seguindo os caminhos missionários do evangelho, na unidade, na esperança, na fé e no amor. Tenho certeza que depois desses clamores o Senhor virá nos visitar e nos libertará definitivamente de todos os grilhões. “Sagrado Coração de Jesus, temos confiança em vós!”

Pregação realizada em junho de 2002, na novena do Sagrado

Coração, na paróquia de mesmo nome, no Bairro Harmonia,

em Canoas (RS)

Anexo estou deixando para todos a Ladainha do Sagrado Coração de Jesus, que encontrei na Internet, para fazer parte da devoção diária de cada um.

Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, ouvi-nos. Jesus Cristo, atendei-nos.

Pai celeste que sois Deus, tende piedade de nós!

Filho, Redentor do mundo, que sois Deus,

Espírito Santo, que sois Deus,

Santíssima Trindade, que sois um só Deus,

Coração de Jesus, Filho do Pai Eterno,

Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem Mãe,

Coração de Jesus, unido substancialmente ao Verbo de Deus,

Coração de Jesus, de majestade infinita,

Coração de Jesus, templo santo de Deus,

Coração de Jesus, tabernáculo do Altíssimo,

Coração de Jesus, casa de Deus e porta do céu,

Coração de Jesus, fornalha ardente de caridade,

Coração de Jesus, receptáculo de justiça e de amor,

Coração de Jesus, cheio de bondade e de amor,

Coração de Jesus, abismo de todas as virtudes,

Coração de Jesus, digníssimo de todo o louvor,

Coração de Jesus, Rei e centro de todos os corações,

Coração de Jesus, fonte de todos os tesouros da sabedoria e ciência,

Coração de Jesus, no qual habita toda a plenitude da divindade,

Coração de Jesus, no qual o Pai põe as suas complacências,

Coração de Jesus, de cuja plenitude nós todos participamos,

Coração de Jesus, desejo das colinas eternas,

Coração de Jesus, paciente e misericordioso,

Coração de Jesus, rico para todos os que vos invocam,

Coração de Jesus, fonte de vida e santidade,

Coração de Jesus, propiciação pelos nossos pecados,

Coração de Jesus, saturado de opróbrios,

Coração de Jesus, atribulado por causa de nossos crimes,

Coração de Jesus, feito obediente até à morte,

Coração de Jesus, atravessado pela lança,

Coração de Jesus, fonte de toda a consolação,

Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição,

Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação,

Coração de Jesus, vítima dos pecadores,

Coração de Jesus, salvação dos que esperam em vós,

Coração de Jesus, esperança dos que expiram em vós,

Coração de Jesus, delícia de todos os santos,

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,

perdoai-nos Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,

ouvi-nos Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo,

tende piedade de nós.

Leitor: Jesus, manso e humilde de coração,

Todos: Fazei nosso coração semelhante ao vosso.

Oremos: Deus onipotente e eterno, olhai para o Coração de vosso Filho diletíssimo e para os louvores e as satisfações que ele, em nome dos pecadores vos tributa; e aos que imploram a vossa misericórdia concedei benigno o perdão em nome do vosso mesmo Filho Jesus Cristo, que convosco vive e reina por todos os séculos dos séculos. Amém!