Incitatus, Dunga e a seleção
Quando o público que lotou o Mineirão, para assistir o último Brasil e Argentina, começou a chamar Dunga de “burro, burro, burro”, me veio à lembrança que o imperador romano Calígula nomeou seu cavalo Incitatus para o cargo de senador. Muitos que detêm o poder acham que podem tudo, que tudo lhes é permitido. Após a saída de Parreira, diante do fiasco da seleção pentacampeã na Copa de 2006, Ricardo Teixeira, o todo poderoso presidente "vitalício" da CBF, resolveu escolher um neófito no ofício de treinador para dirigí-la. Ricardo deve ter ouvido como eu histórias sobre a seleção. Uma delas, de que Vicente Feola, que a dirigiu em 1958, apenas escalava o time (as vezes nem isso, pois contam que naquele ano, na Suécia, as escalações de Garrincha em lugar de Joel e Pelé a Mazola, foram impostas por Didi e companhia) e que Feola cochilava durante o jogo. Para um time de craques, fora de séries, qualquer um pode ser o treinador. Ledo engano cara-pálida! As coisas mudaram ou devem ter mudado se no passado era assim. Bem, todo mudo sabe que o que Dunga sempre soube fazer foi desempenhar de forma burocrática a tarefa de cabeça-de-área, com alguns lampejos de bom jogador, pela convivência com os demais. Mas, que se saiba, como técnico tem pouca ou quase nenhuma rodagem. Mas, Ricardo Teixeira, que até CPI conseguiu abafar, decidiu que era ele e pronto, faz a seleção jogar quando, onde e por quanto quiser. Agora foi o fiasco da seleção olímpica na China sob a direção (?) do afilhado que nem se cogita mudar O sinal já está amarelo há algum tempo, pois, há três jogos Robinho pedala e ninguém faz gol, mas, como Ricardo é turrão e vaidoso, vai mantendo seu ungido. Como gosta de dinheiro, e se a seleção não se classificar vai deixar de ganhar muito, pois irá ficar de fora de uma copa do mundo, essa turronice (teimosia) deve ter fim, ah tem sim, não se sabe até quando.