A humanidade precisa de conserto...
A humanidade precisa de conserto...
Acompanhamos quase que diariamente aos atos de vandalismo cometidos por pessoas sem a mínima noção de cidadania, de civismo, de cooperativismo.
Essas pessoas que saem pela cidade, quase sempre em bandos, deixando claro suas frustrações pessoais, sua incapacidade de entender que a coisa publica também de certa forma lhes pertence, deixam seu rastro triste e amedrontador por onde passam, sejam em pichações sem nexo algum, sejam em praças destruídas, sejam em escolas danificadas.
Mal sabem eles que do bolso de seus pais, de seus amigos ou deles mesmos é que saem os recursos para que as coisas sejam arrumadas, que a praça seja refeita, que a escola seja consertada, que o muro seja pintado, enfim que as coisas voltem a ter a utilidade publica a que se destinam
As companhias telefônicas, por exemplo, gastam milhões de reais na manutenção de aparelhos públicos e o pior é saber que isso sai do nosso próprio bolso, já que esse custo é repassado aos consumidores que acabam pagando mais caro por suas chamadas e assim todos perdem.
As pessoas que cometem tais atos, muitas vezes se esquecem disso, agem no impulso, extravasam seus problemas pessoais, sua fúria, sua loucura, sem saber que ela mesma é penalizada por isso, sem contar que um telefone público, em muitos casos já ajudou a salvar vidas em horas de desespero.
Vemos as administrações públicas se esforçando para proporcionarem melhorias nas condições de vida da população, oferecendo opções de lazer e entretenimento aos moradores de determinadas regiões, em muitos casos, pessoas que residem em apartamentos, com crianças pequenas e que não dispõem de um espaço para recreação e que quando é construída uma praça nas proximidades, se deparam com brinquedos quebrados, banheiros imundos e sem condições de uso.
É inadmissível tal comportamento para seres humanos, com inteligência, com capacidade de discernimento, com conhecimento suficiente para distinguir o certo do errado, como vamos transformar uma nação que busca a todo custo se manter ou se posicionar entre as mais importantes do mundo?
Estou começando a achar que não são as praças, os aparelhos telefônicos ou as escolas que precisam de conserto, mas sim esses cidadãos desorientados que destroem as cidades brasileiras. Precisamos começar cedo, orientando nossas crianças, acompanhando nossos jovens para que não tenhamos adultos descomprometidos com as causas sociais, com as coisas comunitárias, já que é muito mais fácil educar uma criança que tentar consertar um adulto.
Adilson R Peppes