Palavras ao vento.
Um dia resolvi pregar a paz e tudo que ela representava. Mas houve um certo desconforto para aqueles que vivem da guerra, haveria, portanto muita gente sem empregos foi o que eles disseram.
Então fui falar de amor, mas também não deu certo, porque indiretamente falava de paz.
Ai fui falar de amizade, mas quando expliquei o poder que ela tem, novamente me esbarrei com o descontentamento daqueles que fazem da dor alheia o seu modo de viver.
Da solidariedade até tentei argumentar, mas também não deu certo, novamente houve vários protestos, pois aquilo poderia gerar outro sentimento para o bem.
Já do respeito e da compreensão não ousei falar, seria como jogar palavras ao vento.
Mas quando falei sobre direitos, vi que muitos se interessaram, talves porque quisessem ouvir sobre os seus direitos de poderem usar da violência em proveito próprio.
Da justiça comecei a falar, mas fui interrompido, porque ela viria a tirar certos direitos que não eram certos.
Já quase sem argumentos ainda arrisquei a explicar a caridade, mas as palavras morreram em minha boca, pois vi que infelizmente, neste meu mundo ainda faltava o que de mais sagrado poderia haver, a união.
Depois disto me calei, pois uma claridade ofuscou meus olhos, era o sol que entrava pela vidraça do meu quarto. Mas pelo menos pude sonhar... O sonho de tantos outros iguais.