POLÍTICA E DEMOCRACIA
O país precisa refletir sobre a Política e a Democracia, seus objetivos e rumos.
Vivemos um momento de extremos. A Imprensa, por exemplo, exerce um importante papel na conscientização dos cidadãos, formando sua opinião. Entretanto, exagera quando enfatiza e generaliza colocando todos os políticos em uma só panela, a dos corruptos.
Qualquer pessoa que se dedique a pensar de forma responsável sobre seja qual for o tema, sabe que jamais encontrará algo ou alguém cuja maldade ou bondade atinja cem por cento. Portanto, não são sujos todos os políticos.
A conseqüência mais dramática do exagero é colocar os cidadãos à beira de um precipício. Quase todas as pessoas estão descrentes dos políticos em geral. Há até quem afirme que gostaria de uma ditadura, de ver os tanques nas ruas. Isto dá frio até na alma. Que pessoal inocente, ignorante e esquecido.
A Política em si mesma é bela e natural da condição humana em seu processo civilizatório. O que não é belo e nem natural é se aprender que a Política seja o fanatismo e a irresponsabilidade de analfabetos políticos dinásticos, construtores de um império de injustiças e mediocridades.
Chega-se ao ponto de sentir vergonha, não só de ser honesto, como o disse Rui Barbosa, mas de envergonhar-se de tentar uma candidatura e oferecer-se para contribuir em um processo de resgate da Política e da Democracia.
Não há regime político perfeito porque perfeitos não somos, mas por inúmeros motivos se pode assegurar ser a Democracia, indiscutivelmente, o melhor sistema de governo que se conhece. Se tentam desconstruir a Democracia, isto é outro problema. E se a Democracia é o poder do povo, é esse mesmo povo que tem a obrigação de mantê-la acesa como uma tocha sagrada.
É tempo de eleição. É tempo também de se refletir sobre como conferir qualidade e capacitação ao processo político. Que o povo use o seu poder e expulse da Política e da Democracia os incapazes de conduzir a Administração Pública.