20 Bienal Internacional do Livro

Há um bom tempo esperando pela 20 Bienal Internacional do Livro,pude visitá-la finalmente na semana passada.O público presente era diferenciado dos que geralmente podemos encontrar em bibliotecas ou qualquer outro estabelecimento em que a riqueza de cultura esteja em um livro.Por que?

Porque,talvez não a maioria,mas boa parte das pessoas,estava se deliciando com guloseimas,estátuas que se mexiam e bonecos grandes,que fizeram mais sucesso que qualquer best-seller que "morava provisoriamente na Bienal".Além de o ingresso ser pago(10 reais inteiro),quem sabe esteja aí uma fuga dos organizadores para afastar esse tipo de público,que marca presença apenas para "fazer um passeio diferente" e não sendo um público-alvo de fato,contava com um determinado espaço destinado aos universitários ou não-universitários,que reunia famosos da área de Jornalismo e tantas outras,batendo um papo sobre a área e tirando dúvidas dos espectadores.Até aí a idéia é genial,mas o problema entra,quando essa idéia que tinha tudo para ser bem sucedida,acaba por se deteriorar,por cobrar à parte o ingresso para o espectador ter acesso à sala em que o debate seria realizado.

Acho que para uma Bienal do Livro,poucos eventos deveriam ser cobrados,até porque sabemos que um fator que influencia demais a distância do leitor com o livro,é o custo de compra ou transporte para o "aluguel" gratuito.É evidente que sei dos vários empecilhos que os organizadores devem ter que passar,para conseguirem que a Bienal seja realizada e muito bem organizada,mas também tenho que expor aqui o que vi e senti,nesse evento tão querido e esperado por mim e por tantas pessoas,que o aguardam a partir do dia seguinte que ele termina,tendo dois anos de espera e procurando sempre novidades e "facilidades" na sua próxima "vinda".

Tirando esse lado "político-social" da Bienal...

Cheguei quase em cima da hora do bate-papo com Lygia Fagundes Telles e Maria Adelaide Amaral no espaço:"Salão de Idéias Volkswagen".Sentei perto do palco,ansioso em conhecer essas personalidades da literatura brasileira.

Em cerca de uma hora e quinze minutos,Lygia Fangundes Telles e Maria Adelaide Amaral mostraram muito bom humor e carisma com o público,ensinando muito à todos presentes.Fiquei muito feliz com essa oportunidade que tive e o quanto pude aprender com essas duas mulheres,que enriquecem o nosso acervo intelectual e cultural.

Andando pela exposição pude ver:Walcyr Carrasco,Ziraldo,André Vianco,Geraldo Alckmin,Eduardo Suplicy,entre outros.

Minha "fome de cultura" já melhorou um pouco depois de tudo isso,porém,continuo procurando "alimentos".

Felipe Lucchesi
Enviado por Felipe Lucchesi em 25/08/2008
Reeditado em 27/08/2008
Código do texto: T1145904
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